Joseph Blatter apontou o dedo às confederações continentais pelas muitos casos de corrupção que têm vindo a público relacionados com a FIFA. Numa entrevista ao semanário suíço Weltwoche, publicada nesta quinta-feira, o dirigente isenta a cúpula que rege o futebol mundial e atribui toda a responsabilidade às respetivas confederações.

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«Não há tramóias sob influência direta da FIFA. Mas a nossa influência sobre os contratos executados pelas confederações é quase zero», referiu Blatter, recusando qualquer responsabilidade como dirigente máximo da organização que gere o futebol a nível mundial, considerando que o delito faz parte de todas as estruturas sociais. «É impossível eliminar totalmente o roubo e o assassinato, incluindo em sistemas judiciais que funcionam ao nível da comunidade», referiu.
 
A verdade é que há catorze altos funcionários relacionados com o futebol mundial acusados pelos Estados Unidos dos crimes de corrupção, branqueamento de dinheiro e fraude fiscal. Um deles, o norte-americano Chuck Blazer, foi irradiado esta quinta-feira pelo Comité de Ética da FIFA.
 
Joseph Blatter diz ainda ao Weltwoche que «em princípio» não será possível continuar como presidente da FIFA, mesmo que lhe peçam para ficar, e diz que as muitas críticas de que tem sido alvo estão baseadas na «inveja».

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