O jogador do Real Madrid, Dani Carvajal, tomou medidas legais após acusações de que foi alvo por parte do intérprete da seleção de Espanha durante o Mundial 2018.

Em outubro de 2022, Álex Peña quebrou o acordo de confidencialidade que tinha assinado e relatou vários episódios da seleção espanhola que ocorreram na Rússia. Porém, a entrevista divulgada no canal de YouTube «Che América Latina», passou despercebida aos grandes meios de comunicação social e só recentemente é que se tornou viral.

«Todas as informações sobre mim publicadas na imprensa nos últimos dias são completamente falsas. Desde as minhas ligações a partidos políticos até uma agressão sexual durante o Campeonato do Mundo de 2018. Considero absolutamente lamentável e extremamente sensível que os meios de comunicação social tenham o direito de escrever impunemente, dando credibilidade às palavras de terceiros e manchando o meu nome e a minha honra. Já procedi a uma ação judicial», escreveu.

O internacional espanhol refere-se às declarações do intérprete mexicano acerca de uma festa com funcionárias de uma unidade hoteleira durante a prova. «Estava na cozinha a falar com elas quando o Nacho Monreal, o Dani Carvajal e o David De Gea me pediram que as convidasse para ir festejar com eles. Fomos para uma suite de hotel, eles pediram vodka e um cachimbo, e eu fiz de tradutor. De repente, o Carvajal pediu-me para dizer a um deles que queria enfiar-lhe a p*** até ao fundo da garganta. Optei por uma abordagem mais romântica, por assim dizer, e disse-lhe que ela tinha uns olhos muito bonitos», contou.

Álex Peña relatou ainda mais episódios de suposta má conduta de alguns jogadores da seleção espanhola durante o Campeonato do Mundo. Para além de trabalhar como tradutor, o mexicano estava encarregue de acordar os jogadores todas as manhãs, algo que nem todos gostavam, principalmente os do Barcelona.

«Acordava-os e nenhum deles estava pronto, exceto o Iniesta. Uma vez fiz isso com o Busquets e ele zangou-se. Disse-me que eu era um despertador de m**** […] O Piqué é uma pessoa que não tem os pés assentes na terra e que olha os outros de cima para baixo», recordou.

Além disso, o mexicano conta que não existia qualquer sentido de união entre o conjunto os jogadores por estarem alojados em edifícios diferentes consoante as equipas em que jogavam.

«A questão da união é mentira. Não vi sentimento, união ou patriotismo. Depois do jogo contra o Irão, os jogadores tiveram um dia de folga. E saíram sempre em pequenos grupos, exceto Iniesta, que passou o dia com a família», revelou.

Alex Peña afirmou também que os jogadores tinham maus hábitos, como consumir cerveja em demasia e fumar.

«Entrava e via o quarto cheio de garrafas de cerveja, cigarros, cachimbos... Às vezes, às sete da manhã, pediam-me que lhes arranjasse cervejas», conta, sublinhando que não ficou surpreendido com a eliminação frente aos anfitriões nos oitavos de final.

É uma história que promete correr muita tinta.