O treinador do Manchester City, Pep Guardiola, foi juiz em causa própria e defendeu que, enquanto futebolista, era lento, não tinha remate nem drible e era mau no jogo aéreo. Características que apontou como negativas, em contraste com uma carreira que teve sucesso, sobretudo no Barcelona.

«Com 23, 24, 25 anos, foi quando fui melhor. Eu era um médio lento, não tinha remate, não tinha drible, o jogo aéreo era pobre, não era rápido», começou por analisar, em declarações ao canal de Youtube Post United, continuando as apreciações negativas, defendendo que conseguiu manter-se ao mais alto nível pela forma de jogar do Barcelona.

LEIA MAIS: todas as notícias do futebol internacional

«Nunca fui mais honesto na minha vida. Sobrevivi, a forma de jogar do Barcelona ajudava-me. Noutro sítio, não tinha sobrevivido. Às vezes vejo algum jogo daquela época e penso que agora não jogaria, nem a brincar. Agora [ndr: os jogadores] estão muito melhor preparados. Os de antigamente, agora, com a forma como cuidamos tudo e a tecnologia, a metodologia dos treinos, seriam iguais. Mas antes era: “venham rapazes”, duas ideias com a caneta e vamos jogar. Agora é diferente: os fisioterapeutas, os médicos, as análises…», concluiu Guardiola, frisando que «o nível de precisão aumentou muitíssimo».

Formado no Barcelona, na década de 80, Guardiola jogou no plantel principal de 1990/1991 a 2000/2001, durante 11 épocas. Depois, passou por Itália, no Brescia e na Roma, antes de rumar ao Al Ahli do Qatar. Terminou a carreira na época 2005/2006, nos mexicanos do Dorados.

As palavras de Guardiola sobre o próprio, a partir do minuto 1:25’: