Omar Govea, jogador que pertence aos quadros do FC Porto, tem protagonizado um excelente início de época ao serviço dos belgas do Mouscron. O mexicano apontou três golos em nove jogos, um registo nunca antes alcançando aquando da passagem por Portugal.

«Deixam-me jogar na posição onde me sinto mais confortável: a médio tanto ataco como defendo. Tive a sorte de conseguir fazer golos. Os golos são sempre bem-vindos», referiu em declarações ao diário mexicano El Pais.

Os números conseguidos na Bélgica permitem-lhe sonhar com a presença no Mundial 2018. O facto de ainda não ter sido convocado pelo selecionador mexicano, Juan Carlos Osorio, não lhe retiram ambição.

«Quero lutar por um lugar no Campeonato do Mundo em 2018. Ser bom não é suficiente, tenho de ser também forte mentalmente», destacou.

Nesta extensa entrevista, Govea revelou ainda que foi descoberto pelos olheiros do FC Porto, durante o Campeonato do Mundo de sub-17, em 2013, competição na qual o México se sagrou vice-campeão.

«O torneio foi uma montra para mim», contou.

O mexicano chegou aos dragões para atuar na formação secundária. Passou por um processo de adaptação, período durante o qual, Luís Castro, treinador do FC Porto B na altura, assumiu um papel de extrema importância. 

«Por vezes ia ao seu gabinete para ver os vídeos dos jogos e saber onde tinha de melhorar», recorda.

No início da pré-época de 2016/17, Govea foi chamado por Nuno Espírito Santo para integrar os trabalhos da equipa principal. Porém, no momento em que as portas da primeira equipa se abriram, sofreu um grave lesão.

«Recebi uma oportunidade na primeira equipa, mas sofri uma lesão. Acabei por perder os Jogos Olímpicos. Talvez não fosse o meu momento», lamenta.

Recorde-se que no início dos trabalhos da época transata, Govea sofreu fraturou a base do quinto metatarsiano do pé esquerdo, lesão que o obrigou a parar dois meses.