O formato escolhido pela FIFA para o campeonato do mundo de 2030 foi surpreendente. E pode vir a ser, também, fonte de polémica e dar origem a uma luta de bastidores por maior protagonismo na organização.

Desde logo, está em causa a distribuição dos jogos pelos diversos países. Primeiro foi o presidente da federação de futebol de Marrocos a dizer que espera acolher a final do torneio no novo estádio de Casablanca, contrariando a convicção generalizada de que o jogo decisivo estará destinado a Espanha.

Agora, a Argentina avança a ideia de que pretende acolher mais jogos, para lá de uma das três partidas de abertura da competição, conforme anunciado pela FIFA.

Na conferência de imprensa de apresentação do evento na Argentina, Matías Lammens, ministro do Turismo e dos Desportos do país, disse que o mundial do centenário foi uma grande oportunidade para reconhecer o mérito da América do Sul no contributo dado em termos de qualidade dos jogadores.

«De alguma forma, esse reconhecimento foi feito. É claro que vamos lutar por mais, por mais jogos: é essa a ideia que temos», afirmou o governante.

O presidente da Associação Argentina de Futebol, Claudio Tapia, frisou que o presidente da FIFA, Gianni Infantino, «manteve a sua palavra», de que o país sul-americano «seria uma das sedes» do Campeonato do Mundo de 2030.