O futebol voltou a não ter lógica. Como tantas vezes, esta noite, em Gelsenkirchen, foram 11 contra 11 e no final, quando parecia que a Alemanha ia ganhar, a Holanda lutou pelo sonho e chegou ao empate, apurando-se para a fase final da Liga das Nações.

Após quatro jogos oficiais sem vencer - e já com a descida à Liga B consumada - a Mannschaft começou por puxar do orgulho e esteve a vencer por 2-0 até ao minuto 85, o que dava o apuramento a França.

Só que Quincy Promes (85m) e o capitão Van Dijk (89m59) quiseram escrever outra história e, com o empate, é a equipa de Ronald Koeman que segue em frente, prolongando a crise alemã e resfriando a euforia francesa que esteve a minutos de se apurar no sofá.

Isto, apesar de a Holanda até precisar apenas de empatar para assegurar a final-four, onde já estavam Portugal, Inglaterra e Suíça.

Logo aos 9m, Timo Werner deixou claro que os alemães não queriam dar nova imagem negativa, ainda para mais diante do seu público.

O avançado Leipzig controlou uma bola à entrada da área e rematou de pronto, surpreendendo Cillessen que bem se esticou, mas foi incapaz de impedir o golo alemão.

E não demorou muito até a equipa orientada por Joachim Low dar nova machadada nas aspirações holandesas. Aos 20m, Leroy Sané ampliou a vantagem para a equipa da casa e deixava o apuramento holandês muito complicado.

Também porque a Alemanha parecia dona e senhora do jogo e não concedia espaços para as tentativas do adversário.

Aliás, mesmo na segunda parte, foi a Mannschaft que esteve mais perto de marcar, mais vezes.

Só que depois veio a outra lógica do futebol. Aquela que diz que o futebol não segue qualquer lógica.

Até foi algo surpreendente ver Quincy Promes a reacender a esperança da Holanda, a cinco minutos do final. Só que isso deu alma ao conjunto holandês e acendeu também os fantasmas da Alemanha.

Assim, já com defesa central Van Dijk a jogar no centro do ataque, foi mesmo o capitão a marcar o golo que deu o empate e a viagem para Portugal, no próximo Verão, para saber quem é o vencedor da primeira edição da Liga das Nações.

Quem sofreu, foi o champagne francês que deve ter estado muito próximo de rebentar, e assim vai ter de ser guardado.