A FIFA chegou a acordo com o jogador húngaro Tibor Balog no já chamado caso «Bosman II». O órgão máximo do futebol mundial anunciou um acordo amigável e ofereceu uma compensação financeira ao jogador. Balog exigia a livre circulação de jogadores para os países que tivessem acordos especiais com a União Europeia, os chamados comunitários B, na sequência de um conflito com o clube belga Charleroi. 

Balog terminou o seu contrato com o clube belga em 1997 e pretendia assinar pelo Nancy numa transferência sem custos para o clube francês. No entanto, o Charleroi exigiu uma indemnização, considerando que Balog não era comunitário e não estava abrangido pela Lei Bosman. A transferência não se concretizou e o jogador continuou «preso» ao Charleoi, embora sem contrato. No Verão de 1998, um tribunal belga deu razão a Balog que acabou por assinar pelo Mons, clube da II divisão belga, sem qulaquer compensação para o Charleoi.

«Ao optar por uma solução amigável neste conflito, a FIFA provou mais uma vez o seu empenho em salvaguardar os interesses de todas as partes envolvidas nos processos de transferências», anunciou o porta-voz da FIFA sem revelar o valor da compensação financeira atribuída a Balog. 

Balog foi representado pelo advogado Jean Louis Dupont que também representou Jean-Marc Bosman no processo que permitiu a livre circulação de jogadores comunitários em final de contrato. Já este ano, a FIFA, a UEFA e a Comissão Europeia estabeleceram um acordo que permite a todos os jogadores, de qualquer parte do mundo, mudar de clube no final do seu contrato.