Depois do vexame, Luciano Vanderley, presidente do Botafogo do Paraíba, achou por bem evitar vergonha maior, furtando-se aos adeptos do clube, depois da derrota, por 10-0, com o São Paulo, em jogo da Copa do Brasil. Desembarcou discretamente e deixou o aeroporto de táxi. 

Mesmo anunciando medidas drásticas e modificações na equipa, alguns dirigentes do Botafogo garantiram a permanência do treinador Ademir Mueller, ainda que, logo após o «massacre» no Morumbi, o técnico tenha afirmado que pediria a demissão e que qualquer jogador com vergonha na cara o seguiria. 

Para amenizar a crise, o supervisor Benedito Medeiros ficou em São Paulo, no intuito de contratar reforços, com alguma urgência. 

Apesar das proporções absurdas e pouco usuais da goleada, São Paulo e Botafogo do Paraíba não fizeram o suficiente para entrar para a história da Copa do Brasil. O resultado mais denivelado da competiçao foi interpretado, a 28 de Fevereiro de 1991, por Atlético Mineiro e Caiçara do Piauí. Os mineiros venceram por 11-0, com cinco golos de Gerson, três de Marquinhos, dois de Edu e um de Sérgio Araújo. Jair Pereira era o treinador.