O treinador italiano Maurizio Sarri admite que há a possibilidade de deixar Inglaterra, em particular o Chelsea, clube com o qual tem contrato até 2021, já neste verão.

«Para nós, italianos, a chamada de casa é forte. Sinto que falta algo. Foi um ano pesado», começou por dizer Sarri, em entrevista à revista Vanity Fair, em Itália, numa altura em que é falada, em terras transalpinas, a possibilidade de o técnico ser o sucessor de Allegri na Juventus.

«Começo a sentir o peso dos amigos que estão distantes. Dos pais, idosos, que raramente vejo. Mas, na minha idade, só faço escolhas profissionais. Não vou poder treinar mais 20 anos. Quando volto a Toscana [ndr: região da qual é natural] sinto-me um estranho. Dormi trinta noites nos últimos anos», afirmou.

Questionado sobre se uma possível transferência para outro clube de topo italiano que não o Nápoles, que fez progredir em três épocas, de 2015 a 2018, Sarri foi direto sobre a relação que fica.

«Os napolitanos sabem o amor que sinto por eles. A profissão pode levar a outros caminhos, mas o relacionamento não vai mudar. A fidelidade é dar 110 por cento quando se está la. E o que significa ser fiel? E se um dia a instituição te manda embora? O que fazes: continuas fiel a uma esposa de quem te divorciaste? A última bandeira foi Totti, no futuro teremos zero», notou.

Depois de ter conquistado a Liga Europa pelo Chelsea, Sarri defendeu que merecia continuar no clube inglês, mas que a sua opinião não chegava.