Durou menos de um mês a aventura de Antonio Cassano ao serviço do Hellas Verona. O internacional italiano explicou, em entrevista ao jornal La Stampa, a decisão de abandonar o emblema «gialloblu», cerca de três semanas após ter chegado.

«A vida é feita de opções. Tens o direito de fazer aquilo que quiseres, se achas que é o melhor para ti. Acontece imensas vezes, mas se acontece com um futebolista tem outro impacto. Já fiz muitas coisas na vida, mas não sou estúpido. E acima de tudo, sempre fui coerente. Estou habituado a lidar com a pressão da comunicação social. Com o Hellas Verona não houve química, percebi logo isso. É como estarmos com uma mulher e percebermos que não queremos passar tempo com ela. Falei com o presidente, com o diretor desportivo e com o treinador, para lhes dizer que o melhor era terminar a minha ligação ao clube, em vez de deixar arrastar a situação», referiu o avançado de 35 anos.

Após a rescisão de contrato entre ambas as partes, a imprensa italiana adiantou que o antigo internacional italiano se ia retirar. Contudo, Cassano desmente essa versão e admite que está à procura de um novo clube para prosseguir a carreira.

«Quando falei com a direção do Verona, nunca disse que ia retirar-me. Muitas coisas foram escritas, mas na verdade, no momento da rescisão de contrato ficou acordado que caso encontrasse um novo tinha que indemnizar o Hellas. E eu aceitei essa cláusula, claro. Quero continuar a jogar futebol, mas neste momento não tenho nenhuma proposta. Tive hipótese de ir para o Entella em fevereiro, mas não me imaginava na Serie B. Sampdoria? Nesta altura da minha carreira gostava de ser treinado por [Marco] Giampaolo, agrada-me a sua ideia de jogo. Se ele me chamar, não terei qualquer problema em aceitar. Data limite para encontrar clube? Setembro, caso contrário vou ficar por casa», afirmou.


Recorde-se que Cassano já passou por emblemas como Bari, Roma, Real Madrid, Sampdoria, Milan, Inter de Milão e Parma, para além desta experiência fugaz em Verona.