Joseph Blatter diz que não fez «nada de ilegal ou impróprio» e por isso não abandona já o cargo de presidente da FIFA. Garante também que está a colaborar com as autoridades suíças.

A informação foi avançada pelos advogados do suíço, no dia em que Blatter voltou ao trabalho na sede da FIFA pela primeira vez após novas revelações sobre o escândalo de corrupção que envolve a FIFA.

«O presidente Blatter dirigiu-se hoje aos funcionários da FIFA e disse-lhes que iria continuar a colaborar com as autoridades, que nada fez de inapropriado ou ilegal e afirmou que iria manter-se como presidente da FIFA», diz o comunicado dos advogados de Blatter.

Blatter está  sob investigação da justiça suíça por suspeitas de abuso de confiança, de gestão danosa ou apropriação indevida de fundos. Um caso que envolve ainda Michel Platini, presidente da UEFA e candidato anunciado às eleições da FIFA.

No mesmo comunicado, Blatter garante  que o pagamento de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros) feito a  Platini, em investigação, foi «uma compensação válida» por trabalho prestado pelo francês. «O presidente Blatter partilhou hoje com as autoridades suíças que o senhor Platini mantinha uma valiosa relação laboral com a FIFA, funcionando como conselheiro do presidente desde 1998», lê-se.