O ministro sérvio dos Negócios Estrangeiros, Vuk Jeremic, considera que a Europa continua a ser um «objectivo primordial» para a Sérvia, mas que qualquer presença europeia no Kosovo terá de respeitar preceitos legais, informa a Lusa.

O Governo de Belgrado considera que uma eventual missão europeia no Kosovo terá que recolher a aprovação e um mandato do Conselho de Segurança da ONU, precisou o ministro sérvio, após um encontro esta quarta-feira, em Lisboa, com o seu homólogo português, Luís Amado.

A questão coloca-se em concreto em relação à Eulex, a missão da UE que deverá apoiar as autoridades albanesas de Pristina na fase inicial da independência.

Vuk Jeremic insiste que a integração na Europa continua a ser um «objectivo estratégico primordial» para a Sérvia.

O chefe da diplomacia de Belgrado reconhece ainda que, na situação vivida actualmente em torno do Kosovo, é necessária «uma abordagem nova e mais eficaz dos problemas da província» e que a União Europeia pode desempenhar um «papel fundamental» nesse processo.

Insiste, porém, que «qualquer empenhamento europeu em qualquer parte da Sérvia, incluindo o Kosovo, terá de ser feito de uma forma legal, ou seja, passando pelo Conselho de Segurança» das Nações Unidas.

A presença da UNMIK está «plenamente legitimada pela resolução 1244», argumenta o ministro sérvio. «Qualquer alteração na presença internacional no Kosovo terá de passar por um debate no Conselho de Segurança».

Nessa medida, Vuk Jeremic diz-se «optimista» quanto à perspectiva de se chegar a «um compromisso» que permita «um envolvimento plenamente legítimo da União Europeia».