O futebolista argentino Lionel Messi afirmou, esta quarta-feira, que o sonho de ganhar uma nova Liga dos Campeões – tem quatro conquistadas ao serviço do Barcelona – pode estar mais perto no Paris Saint-Germain, clube no qual foi apresentado esta manhã, no Parque dos Príncipes, em conferência de imprensa.

«Acho que chego a uma equipa que praticamente está feita, mais as contratações feitas esta época. Como disse, recentemente esteve perto de ganhar a Liga dos Campeões e venho ajudar, tentar dar o máximo. Venho com esperança, uma vontade que… (pausa). Muitas vezes disse que tinha o sonho de ganhar outra Liga dos Campeões e creio que cá é o lugar ideal para ter mais hipóteses e poder conseguir», afirmou Messi, na apresentação ao lado do presidente, Nasser Al-Khelaïfi, sublinhando a «vontade de começar a treinar».

«O meu objetivo é continuar a crescer, a ganhar títulos e por isso venho a este clube. Que todos juntos possamos conseguir. Agradecer às gentes de Paris, a minha chegada foi uma loucura, foi surpreendente. A receção, o tratamento. Estou certo de que vamos desfrutar deste tempo juntos e lutar pelos objetivos que este clube tem. Agradecer ao presidente, ao Leonardo [diretor-desportivo] e ao PSG. Muito obrigado e que comece», apontou, falando de como será partilhar o ataque com Neymar e Mbappé.

«Uma felicidade, uma loucura poder partilhar o dia-a-dia com este plantel, que tem grandes jogadores em todos os setores, fizeram contratações espetaculares além do que já tinha. Estou com vontade de começar a treinar e competir, vou fazê-lo com os melhores. Tudo o que se passou na última semana foi duro por um lado e, ao mesmo tempo, rápido, emocionante. Estou com esperanças para esta nova etapa e estamos muito contentes de estar cá. Esta semana tocou-me passar por todos os sentimentos. Fui assimilando», disse, em alusão à despedida emocionada do Barcelona, aonde regressar, agora com a camisola do PSG, seria «lindo» e, ao mesmo tempo, «estranho».

«Antes de sair, sem saber onde ia, disse aos adeptos [do Barcelona] que sempre vou estar agradecido pelo carinho, estive lá muitos anos, foram muitas coisas vividas, boas e más. Sabia que vinha para uma equipa forte, competitiva, que vai lutar pela Liga dos Campeões. Sabem que gosto de ganhar e quero continuar a cumprir objetivos. Não tinha dúvidas de que o PSG tem os mesmos objetivos de ganhar e de continuar a ser maior como clube. Não sei se vamos enfrentar-nos, por um lado seria lindo voltar a Barcelona, espero que com adeptos. Por outro lado, seria estranho voltar a jogar em minha casa com outra camisola. Mas é o futebol, pode acontecer e vamos ver», antecipou, falando do quão importante foi falar com o treinador e compatriota Mauricio Pochettino no meio das negociações.

«Obviamente, todo o balneário - e a equipa técnica – influenciou muito. Quando se iniciaram as conversas e se viu que era possível, a primeira coisa que fizemos foi falar com ele [Mauricio Pochettino], porque o conheço há muito tempo e é argentino, há uma proximidade. Falámos, obviamente, e esteve tudo bem desde o início. O plantel e a equipa técnica fizeram muito para eu escolher este clube», frisou.

Messi vai vestir a camisola número 30 no PSG e vai ficar vinculado até 2023, por duas épocas.