Oito profissionais de saúde vão a julgamento sob a acusação de homicídio involuntário, com circunstâncias agravantes, de Diego Armando Maradona, anunciou nesta quarta-feira um juiz de San Isidro.
Após concluída a investigação a respeito da morte do antigo futebolista, em novembro de 2020, o magistrado confirmou o processo que inclui um neurocirgurgião médico de família, um psiquiatra, um responsável de enfermaria e enfermeiros: são eles Leopoldo Luque, Agustina Cosachov, Carlos Ángel "Charly" Díaz, Nancy Edith Forlini, Pedro Pablo Di Spagna, Dahiana Gisela Madrid e Ricardo Omar Almirón.
Em abril último, o Ministério Público tinha pedido a demissão destes profissionais, apontando deficiências e negligência nos cuidados com Maradona, que recuperava de uma neurocirurgia numa casa na zona norte de Buenos Aires.
Os arguídos enfrentam sentenças que variam entre os oito e os 25 anos de prisão, mas devem permanecer em liberdade até ao julgamento, uma vez que a procuradoria de San Isidro não solicitou a medida de coação mais gravosa: a prisão preventiva. Ainda segundo a procuradoria, a equipa responsável por prestar cuidados de saúda a Maradona foi «protagonista de um internamento domiciliar sem precedentes, totalmente deficiente e imprudente», tendo ainda cometido, no seu entender, uma «série de improvisos, má gestão e incumprimentos».
Maradona morreu a 25 de novembro de 2020 após sofrer uma paragem cardíaca na sua vivenda em Tigre. Tinha 60 anos.