A FIFA baniu um dirigente da federação de futebol do Qatar de concorrer às eleições para um lugar no seu novo conselho.

No início do mês de setembro, a comissão de Ética da FIFA abriu um procedimento contra o vice-presidente da federação do Qatar, Saoud al-Mohannadi, e fez uma proposta de dois anos e meio de suspensão para o dirigente, por ter recusado a colaboração numa investigação.

O organismo que dirige o futebol não quis revelar o tema dessa investigação, garantiu apenas que não se trata do Mundial 2022, que o Qatar vai organizar e que está envolto em polémica.

O dirigente negou qualquer irregularidade e foi autorizado a apresentar-se, mas a Confederação Asiática do Futebol já informou que está afastado da eleição.

«A FIFA avisou a Confederação Asiática de Futebol (AFC) que, com base no relatório da câmara de investigação do Comité de Ética da FIFA, tinha decidido que o senhor Saoud A. Aziz Al-Mohannadi (Qatar) não é elegível para se apresentar a eleições para o conselho da FIFA», indicou a AFC em comunicado emitido na noite de domingo.

Seis candidatos asiáticos vão disputar, num congresso extraordinário da AFC em Goa, três vagas para o novo conselho da FIFA, novidade no quadro das reformas da direção do suíço Gianni Infantino, em que ficou definido que o comité Executivo passaria a conselho.

Três candidatos do sexo masculino, Zhang Jian (China), Ali Kafashian Naeni (Irão) e Zainudin Nordin (Singapura), disputam duas vagas e a outra terá de ser ocupada por uma mulher, já que a FIFA estabeleceu ainda que cada uma das confederações deve ter pelo menos uma representante do sexo feminino no conselho.

Gianni Infantino vai marcar presença no congresso extraordinário.