A Polícia de Nápoles deteve esta segunda-feira dez pessoas que, de acordo com as investigações, são suspeitas de alterar o resultado de jogos da segunda divisão italiana de futebol relativos à temporada 2013/14.
Os dez detidos, sete dos quais ficaram detidos e os restantes em prisão domiciliária, são suspeitos de estar ligados a um grupo mafioso denominado ’Vanella Grassi’ e de terem influenciado os resultados dos jogos Modena-Avellino e Avellino-Reggina, confirmaram as autoridades.
A investigação intercetou conversas telefónicas entre membros do grupo, os quais falavam em «comer três almôndegas», naquilo que seria uma associação ao resultado entre o Avellino e a Reggina que terminou 3-0.
Entre os inquiridos estão os futebolistas Armando Izzo, atualmente ao serviço do Génova e que, integra a pré-convocatória da seleção transalpina para o Euro2016 e Francesco Millesi, jogador que representou o Avellino durante quatro temporadas. Ainda assim, a nenhum destes jogadores foi aplicada qualquer medida cautelar.
Segundo as autoridades italianas, Antonio e Umberto Accurso, líderes do clã «Vanella Grassi’» dos subúrbios de Nápoles, alegadamente entregaram ao antigo futebolista Luca Pinni cerca de 30 mil euros, quantia essa que, posteriormente, foi passada a Millessi para subornar os seus companheiros. O clã teria apostado cerca de 60 mil euros na aposta relativa ao jogo entre o Modena e o Avellino.
Relativamente ao jogo Avellino-Reggina, o processo foi semelhante, sendo que a diferença esteve na quantia oferecida: 50 mil euros entregues a jogadores não identificados para «facilitarem» a vitória do Avellino, tendo o clã ganho 110 mil euros em apostas.
