Quando Madeleine desapareceu da Praia da Luz, em maio de 2007, Raymond Hewlett, um pedófilo identificado pela

polícia, chegou a ser abordado pelos investigadores responsáveis pelo caso, mas sempre negou o seu envolvimento no desaparecimento da menina inglesa.

Agora, quatro meses depois da sua morte, o filho de

Raymond Hewlett confessa que o pai, com quem não se dava, lhe deixou uma carta, escrita no seu leito de morte, na qual reitera a teoria de rapto relativamente a este caso.

«Ele escreveu que não queria morrer sabendo que nós pensávamos que ele estava envolvido numa coisa como esta. De acordo com a carta, ele não teve nada a ver com o desaparecimento de Madeleine, mas sabia quem o tinha feito», começa por explicar Wayne ao jornal The Sun.

«Ele disse que um grande amigo cigano, que conheceu em Portugal, embebedou-se e deixou escapar que tinha raptado Madeleine, a mando de um gang. Este gang já operava há muito tempo e já tinha raptado outras crianças para entregar a casais que não podiam ter filhos», assegura.

De acordo com Wayne, a menina inglesa já teria sido «marcada» pelo gang. Depois de lhe terem sido tiradas

algumas fotografias, estas terão sido enviadas aos casais para quem trabalhavam para escolherem a criança que queriam, de acordo com as características pretendidas.

«O meu pai escreveu na carta que o cigano lhe disse que isto

nada tem a ver com esquemas de pedofilia ou atos sexuais e que havia grandes quantias de dinheiro envolvidas nos pedidos», disse.

Apesar de ter cortado relações com o pai, com quem não falava há vinte anos, Wayne garante que a carta lhe pareceu genuína.

«Não acredito que ele elaborasse uma mentira destas quando estava tão fraco e doente, por causa do cancro.»

Embora Wayne tenha queimado a carta, Clarence Mitchell, o porta-voz do casal McCann, já fez saber que a equipa de investigadores contratada por Kate e Gerry já está a tratar desta nova pista como algo prioritário.

«Estamos extremamente gratos por Wayne ter divulgado esta informação», assumiu.