Contratado pelo Benfica em 2017, Erdal Rakip não jogou pelos encarnados e, agora no Malmo, recordou os tempos em que esteve vinculado ao clube da Luz ao jornal Fotbollskanalen.

«Um passo grande demais? Tem de ser honesto, portanto, sim. É um grande clube, apesar de não ter tido a oportunidade que devia ter», começou por dizer o médio sueco.

«Se eu tivesse tido a oportunidade de me mostrar e não tivesse corrido bem, conseguiria entender», acrescentou Rakip.

Cedido ao Crystal Palace pelo Benfica nessa época, o médio completou: «Ser emprestado fazia parte do plano, mesmo que não soubesse que clube seria. O plano era ser emprestado até ao verão e depois voltar para ter uma oportunidade. Fazer a pré-época com a equipa, ver em que nível estava, mas não tive essa hipótese. Quando o Benfica começou a treinar, eu estava com a equipa B. Mas a vida no estrangeiro é assim, não se pode confiar em ninguém.»

Rakip explicou depois que quando percebeu que não ia ter uma oportunidade, foi qum questão de «aguentar seis meses, até a janela de transferências abrir de novo». 

Questionado diretamente se lhe foram dadas falsas esperanças acerca da mudança para a Luz, o sueco declarou: «Sim. Como disse, devia ter voltado e ter tido uma oportunidade. Não tive. Não se pode confiar no que dizem. Mas é passado, agora estou aqui a tentar esquecer e trazer coisas positivas.»

Rakip também falou do tempo no Palace, «no qual havia muitas lesões» e assim, lhe abriu espaço: «Correu bem no início, fui para o banco nos primeiros cinco jogos. Senti-me próximo e envolvido. Se houvesse uma lesão, teria chegado ao onze inicial.»

Curiosamente, o jornal sueco lembrou as palavras de Roy Hogdson, então treinador do Palace, quando o clube inglês visitou a Suécia em 2018.

«É um bom jogador. Tem qualidade, mas o nível da Premier League é alto. Ele não era tão bom quanto Andros Townsend, Yohan Cabaye, Wilfired Zaha, Luka Milivojevic...Não estava perto da qualidade desses jogadores, portanto, não jogou muito», dissera o treinador, citado no artigo de Rakip.