Poderá estar para breve a criação de uma Superliga europeia, que visa ser alternativa à UEFA e parte da iniciativa de 11 clubes de futebol provenientes de Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha, sem a presença de qualquer equipa portuguesa.

Esta informação é avançada pelo Expresso, neste sábado, e tem origem no Football Leaks, uma investigação levada a cabo pelo EIC (o consórcio European Investigative Collaborations), do qual a publicação lusa faz parte.

Este consórcio terá tido acesso a um anexo de um e-mail – revelado pela revista alemã Der Spiegel – enviado ao presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, com o acordo vinculativo para ser assinado pelos presidentes dos 11 clubes europeus, ainda neste mês de novembro, e para ser posto em prática a partir de 2021.

Além da criação da Superliga europeia, o objetivo passa também por criar uma «organização multinacional para a gerir [a essa Superliga], com poderes administrativos, financeiros e disciplinares» parecidos aos da UEFA, «mas noutra escala», escreve o Expresso.

Os 11 clubes fundadores são então o Real Madrid, o Barcelona, o Manchester United, o Manchester City, o Chelsea, o Arsenal, o Liverpool, a Juventus, o Paris Saint-Germain, o Milan e o Bayern Munique, com cinco convidados: Atlético de Madrid, Marselha, Inter de Milão, Roma e o Borussia Dortmund.

Recorde-se que em março do ano passado, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, rejeitou a ideia de uma Superliga europeia, afirmando que isso «significaria uma guerra» com a instituição.