A ideia pode revolucionar por completo o mundo do futebol e não só. O Japão está a apostar forte na candidatura à organização do Mundial 2022 e apresentou à FIFA um forte trunfo naquilo em que são especialistas: a tecnologia.

A ideia passa por tornar o Mundial global. Ou seja, mesmo que o evento decorra em terras nipónicas será possível acompanhá-lo um pouco por todo o mundo, como se fosse ao vivo. A garantia é de Junji Ogura, presidente da Federação japonesa: «O Mundial 2022 permitirá a todas as 208 nações associadas da FIFA desfrutar do torneio. Qualquer pessoa, independentemente do lugar onde esteja no mundo, poderá assistir a tudo, como se estivesse no Japão.»

O segredo é uma nova tecnologia que está a ser desenvolvida, chamada «Freeviewpoint Vision» e que permitirá ao espectador ver um jogo como se estivesse no relvado, graças à acção de 200 câmaras de alta definição que filmarão os jogos a 360 graus. Para além disso, microfones ultra-sensíveis irão captar e reproduzir a respiração e batimento cardíaco dos jogadores.

Tudo para que um jogo que decorra, por exemplo, em Osaka, possa ser visto em estádios de Londres, Durban ou Los Angeles, através de hologramas e ecrãs planos em 3D, como se lá estivesse a decorrer.

Segundo os cálculos da FIFA, estima-se que o Mundial 2022 tenha uma média de espectadores a rondar os 360 milhões.

Portugal concorre à organização deste torneio juntamente com a Espanha, embora tudo leve a crer que o Mundial 2018 seja atribuído a uma candidatura europeia e o de 2022 a uma das restantes. Dia 2 de Dezembro, a FIFA dá a conhecer os resultados.