Ricardo Martins, treinador do Merelinense, depois da derrota diante do V. Guimarães (0-2), em jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal:

«O jogo teve alguns momentos cruciais. Quando o Vitória estava por cima do jogo, a impor o ritmo, não tivemos capacidade para quebrar esse ritmo. Nas transições perdíamos a bola e depois desorganizamo-nos no primeiro golo. Nesse primeiro golo perdemos momentaneamente a organização defensiva. Já estávamos mentalizados que íamos para o intervalo a perder por 0-1, mas acabámos por sofrer o segundo e isso foi crucial. Depois o Vitória geriu a vantagem e não conseguimos reagir. Já valeu termos chegado até aqui. O Merelinense é um clube amador com o orçamento mais baixo da II Divisão. Tivemos visibilidade para o clube, com um feito inédito e meritório».

Manuel Machado delegou as declarações na sala de imprensa no seu adjunto, José Pedro:

«Passei alguns bons momentos neste estádio. Entrei no futebol profissional em 2000, já lá vão onze anos, e hoje foi mais um bom momento. Foi uma vitória normal entre duas equipas de campeonatos bem distantes. O Vitória preparou este jogo com bastante responsabilidade, o Merelinense teve dificuldade em acompanhar o nosso ritmo. As situações de golo surgiram com naturalidade e o resultado é normal.

[Estão mais perto do Jamor?]

«Não, ainda temos mais um adversário, mais um obstáculo. A nossa preocupação momentânea é o Paços [Taça da Liga]. Para atingirmos a final teremos de estar a um grande nível».

[Prefere defrontar a Académica ou o V. Setubal?]

«É difícil, já jogámos com ambos e perdemos com ambos. São dois a adversários difíceis, o V. Setúbal tem grande tradição na Taça de Portugal e a Académica é uma equipa muito boa com um novo treinador. Mas o Vitória também é candidato e ansiamos chegar à final. Vamos amanhã observar estes adversários e teremos de estar a um grande nível para os ultrapassar. A primeira mão é em casa, é sempre difícil jogar em Guimarães e queremos fazer já um bom resultado».