Com um enorme ponto de interrogação associado à eventual presença de Radamel Falcao no Mundial, por causa da grave lesão sofrida, Jackson Martínez é apontado como o substituto ideal no «onze» da seleção colombiana, ainda que rejeite assumir esse rótulo.

«Dizer que sou o jogador ideal para substituir Falcao seria uma falta de respeito para com os meus colegas que também estão à espera de uma oportunidade», começa por dizer o avançado portista, em entrevista ao jornal «El Tiempo».

«A decisão cabe à equipa ténica. Se quero essa oportunidade? Claro! Como querem os meus colegas», acrescenta.

Jackson está, de resto, a torcer pela recuperação do compatriota, que até está a recuperar no Porto. «É um jogador importantíssimo. Esperamos que não fique de fora, seria uma baixa importante. Eu não penso que vou jogar, embora não possa negar que quero jogar. Mas estou mais preocupado que Falcao recupere e vá ao Mundial. O resto decide a equipa técnica», afirma.

«Ele está muito animado, com vontade de ir ao Mundial. Todos esperamos que assim seja», complementa.

Já com a experiência de ter substituído Radamel Falcao no FC Porto, Jackson garante que fazer isso na seleção não representaria pressão adicional: «Quando cheguei ao Porto não me fixei nos números do Falcao. Claro que não podia esquecer que vinha substituir um dos melhores avançados do mundo, alguém que tinha deixado uma marca impressionante, conquistando a Liga, a Taça e ainda a Liga Europa, como figura da final. Pensava que tinha uma oportunidade para escrever uma história no FC Porto, e não que tinha de superar os números dele. É normal que se façam comparações, mas eu procurei fazer bem o meu trabalho, ajudar a equipa.»

Questionado sobre as razões do sucesso dos colombianos em Portugal, Jackson fala em «credibilidade», e lembra que Falcao, Guarín e James «abriram as portas».

O avançado falou mais em concreto do agora jogadores do Monaco, que assumiu um papel muito importante na sua adaptação ao Porto. «Estava sempre a dizer-lhe para vir ter comigo que eu não estava a entender o que me diziam. Também foi difícil jogar a outra velocidade. Aqui os relvados estão sempre molhados. Estava habituado a relvados altos, e aqui os passes são mais rápidos.»

Jackson fala também do modelo de jogo dos «dragões», garantindo que não gira em seu redor. A finalizar, o avançado reitera que está «muito contente» no FC Porto, mas que gostaria de jogar noutro campeonato futuramente. «Gosto de Inglaterra, Espanha, Itália e Alemanha. Não tenho preferência», diz.