Jaime Pacheco não encontra explicações para as «grandes dificuldades» que tem sentido para encontrar trabalho em Portugal. O ex-técnico do Belenenses recebeu um convite do Raja Casablanca, campeão marroquino, mas não está muito disposto a rumar ao estrangeiro.
«Gosto muito de estar em Portugal e não vou baixar os braços, à espera que alguém acredito naquilo que faço. Para deixar o nosso país tem de ser uma proposta muito boa em termos financeiros, que até ao momento não apareceu, ou um clube que me dê a possibilidade de ganhar», disse o técnico, que foi campeão nacional ao serviço do Boavista.
Em relação ao convite do Raja, para suceder a José Romão, Pacheco diz mesmo que não discutiu pormenores. «São assuntos tratados com vários empresários, pois eu não tenho um representante fixo. Se calhar é um dos meus males», adianta.
O técnico diz que todos os anos recebe convites, mas que as ofertas que surgem não são as mais favoráveis. «Basta ver que os últimos clubes que orientei pagavam pouco ou nem sequer pagavam», recorda, para atestar as dificuldades que tem sentido.
Pacheco brinca mesmo com a situação, comparando o currículo a um cadastro. Por tudo isto o técnico não fecha a porta a uma experiência no estrangeiro. «Algum dia terá de ser», assume.
Para já o técnico procura aprofundar conhecimentos, e por isso marcou presença no seminário de pós-graduação do curso de IV Nível «UEFA PRO». «Parece que somos como aqueles carros velhinhos, que têm de fazer a revisão de três em três anos», brincou.