A oscilação exibicional e os resultados irregulares preocupam uma franja sensível de adeptos bracarenses. No Estádio do Dragão, por exemplo, foram bem audíveis os assobios para Leonardo Jardim. No regresso à Cidade dos Arcebispos, a comitiva confrontou-se com a contestação de algumas dezenas de pessoas. Nada que preocupe, pelos vistos, o treinador do Sp. Braga.

«Se tenho de fazer as pazes com os adeptos? Não, não tenho porque não estou em guerra com eles», respondeu Jardim aos jornalistas, na conferência de imprensa de antevisão ao duelo com o Birmingham. E prosseguiu. «Eu só estou aqui para defender os interesses do clube. Aposto nos jogadores que me podem dar uma resposta melhor. É normal que nem todos concordem com as minhas opções.»

O alerta de Jardim: «Temos um terço do plantel indisponível»

O presidente António Salvador marcou presença na sessão de trabalho matinal. Haverá algum significado especial para esse acompanhamento do dirigente no terreno? «O presidente está sempre connosco, é uma pessoa solidária com o grupo e tem-me transmitido a confiança normal. Nada mais do que isso.»

O panorama recente, embora longe de ser dramático, não convence. Nos últimos dez jogos oficiais, o Sp. Braga venceu três, empatou três e perdeu quatro. Apenas a Taça de Portugal foi hipotecada, é verdade, mas o presente impõe o regresso aos triunfos.

A equipa vem de derrotas em Alvalade e no Dragão, duas partidas onde faltou «consistência». «Quando dominámos, não conseguimos marcar. Quando fomos dominados, pelo contrário, sofremos golos. Mas o nosso comportamento foi positivo e conseguimos criar quatro/cinco situações de golo nesses dois jogos. É esse o Braga que quero, um Braga de ataque.»