De acordo com o «Iberian Daily» divulgado esta sexta-feira, a Sonae seria a empresa mais beneficiada, dado que os hipermercados representam 40 por cento das receitas da Sonae Distribuição.
Já no caso da Jerónimo Martins, o impacto «é difícil de quantificar» e terá certamente «efeitos mais limitados», dado que a maioria dos seus espaços são lojas de menor dimensão, casos do grupo «Pingo Doce», que poderiam sair ligeiramente prejudicados com a mudança.
No caso da Sonae Distribuição, que representa 57% do valor líquido dos activos do grupo Sonae, a medida de alargar os horários de hipermercados poderia ter um efeito positivo de 5%.
Os analistas do BPI são, contudo, cautelosos quanto ao avanço da medida, dado que em causa está também o enraizamento de hábitos dos portugueses, ainda por esclarecer, e em que moldes o alargamento dos horários poderá avançar. «O processo deverá ainda demorar bastante tempo a ficar concluído», referem.
Recorde-se que a proposta do PSD, relativa à abertura das grandes superfícies comerciais nas tardes de domingo e feriados, foi aprovada esta sexta-feira, após o debate na Assembleia da República. O Parlamento decidiu, portanto, fazer baixar à comissão o diploma do PSD sobre este assunto, que assenta na proposta dos hipermercados poderem abrir aos domingos à tarde e aos feriados se as autarquias autorizarem.
Já os projectos de lei do PCP e do BE sobre os horários do comércio em grandes superfícies foram rejeitados.
As acções da Jerónimo Martins seguem a valorizar 0,30% para 5,10 euros, enquanto as da Sonae SGPS ganham, 0,44% para 1,15 euros.
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