Jesualdo Ferreira garante que a Naval vai exigir mais do F.C. Porto do que exigiu o At. Madrid. Mas há uma razão para isso. O treinador entende que há contas antigas por ajustar com a formação da Figueira da Foz. «Com o At. Madrid podíamos empatar que servia, depois do empate na primeira-mão. Com a Naval perdemos no primeiro jogo, por isso agora temos de ganhar», sorriu. «Perceberam o trocadilho?».
Ora por isso o treinador é lacónico. «Vai ser um jogo mais difícil do que o At. Madrid», referiu. «Creio que esta Naval, que foi a última equipa a vencer o Porto, fez no último jogo com o Benfica uma exibição boa, perdeu o jogo e toda a gente terá considerado um resultado pouco justo. É uma equipa que tem jogadores técnicos, rápidos, que gostam de atacar e que vem aqui para defender, naturalmente, mas que vai fazer um jogo mais aberto do que outras equipas com mais responsabilidades fizeram em nossa casa.»
Ora o regresso a casa já foi melhor notícia. O que também foi tema de conversa, naturalmente. Os adversários fecham-se muito e o F.C. Porto tende a ter muitas dificuldades no Dragão. Jesualdo não se mostra preocupado. «A única diferença é a eficácia.»
«Fora de casa temos sido eficazes, em casa temos falhado na finalização. Mas há um aspecto importante: a paciência. Um jogo tem noventa minutos, nenhuma equipa joga sozinha, os adversários são cada vez mais competentes, por isso é preciso paciência. Há momentos em que a equipa está ansiosa, nervosa, impaciente. O público é fundamental nessa altura. Tem de ser o público a ajudar-nos», finalizou.
Por fim quis saber-se se é possível evitar uma quebra anímica. Afinal de contas a equipa vem de uma grande noite europeia e a Naval não é mais estimulante dos adversários. «É normal ser mais difícil motivar jogadores em jogos com expectativas menores. Mas esta equipa consegue motivar-se com os objectivos que tem. Os jogadores não querem deixar uma imagem negativa depois de tudo o que conseguiram.»