O Sporting termina a jornada 18 da Liga com o pior ataque de todos, 16 golos marcados. Jesualdo Ferreira diz que o problema da equipa é mesmo não conseguir finalizar e não consegue encontrar uma explicação única. Da pouca sorte à incompetência, o treinador admite tudo, na conferência de imprensa depois da derrota com o Marítimo (0-1).

«Foi um bocado a continuação de Guimarães. Controlámos sempre. Houve interrupções, muito jogo negativo. Tivemos muitas ocasiões, pelo menos um grande volume de jogo ofensivo. O jogo não correu bem. A nossa dificuldade é que quando temos a capacidade de poder finalizar temos de finalizar. Não tem acontecido, é uma história que se repete há muito tempo», começou por analisar, para rematar: «Não podemos esperar que se jogue muito bem, quando os níveis de confiança vão começando a ser menores face àquilo que é o inêxito do nosso futebol ofensivo. Face ao que é a pouca sorte, infelicidade ou incompetência,, escolham o que quiserem, para a bola não entrar.

«O pior ataque da Liga? Não se explica. Nos últimos cinco jogos, hoje foi a única vez que não marcámos. Mas é evidente que isso penaliza. O passado do Sporting sob o ponto de vista de finalização é mau, é paupérrimo. O volume ofensivo é de uma equipa que produz bastante. Não conseguimos pelas mais variadas razões. Começa-se a instalar alguma falta de confiança no momento da decisão, apenas e só», diz, para admitir que este é um mínimo histórico: «É um momento que se tem registar negativo na história do Sporting, não me recordo de alguma vez ter acontecido. O que posso continuar a fazer é trabalhar no sentido de encontrar soluções que venham a poder premiar o nosso trabalho. Esta é uma época no mínimo fora da normalidade em todos os aspectos.»

Como está a equipa depoisn da derrota com o Marítimo, e como vai reagir? «Encontrei os jogadores tristes, desagrados com a situação, seguros de que fizeram tudo para ganhar este jogo. Em conversa, muito rápida nestas cricunstâncias, fica também a sensação clara de que não temos outra via se não trabalhar, se não dia a dia procurarmos como equipa resolver os problemas, a todos os níveis. A questão de os golos não aparecerem não tem só a ver com a qualidade do jogo. São questões que vêm a acumular-se ao longo dos meses e a afetar os jogadotres. O único caminho é continuar a atrabalhar no sentido de que estes jogadores sejam mais competentes, mais confiantes e também mais eficientes.»

«O Marítimo teve dois lances perigosos no jogo todo, faz um golo e o outro podia ter feito também. Sente-se algum incómodo quando se analisa a forma como jogamos contra o Guimarães e o Marítimo e não conseguimos fazer um golo», remata.