Jorge Jesus, treinador do Benfica, depois da derrota frente ao Paris Saint-Germain por 3-0, em jogo da segunda jornada do Grupo C da Liga dos Campeões:

«O que falhou foi que jogámos com uma equipa muito forte, que justificou o porquê dos seus investimentos. É nitidamente uma equipa que vai disputar esta Champions. Criaram-nos dificuldades no jogo, não conseguimos segurar os três avançados. Sofremos três golos em meia-hora, o que aumentou as nossas dificuldades. Durante o jogo, tive consciência de que estava a defrontar uma grande equipa. O mérito está no PSG.»

«Antes deste jogo, falámos que a Champions é uma competição completamente diferente, independentemente de termos vencido ou não o jogo anterior. Sabíamos que íamos disputar este jogo com o favorito do grupo, que hoje justificou ainda mais esse estatuto. Ter perdido aqui não nos tira a possibilidade de nos apurarmos, e com a vitória de hoje do Olympiakos, ficamos a acreditar que Benfica e Olympiakos são as duas equipas que podem disputar a qualificação. Tentei que fizessemos aqui como fazemos sempre, tentando ser criativos ofensivamente. Não conseguimos fazê-lo nos primeiros 45 minutos, porque não tivemos mais bola e sofremos os três golos. Tudo isso tirou-nos discernimento de posicionamento tático. Emendámos, também é verdade que o Ibrahimovic não fez tantos movimentos e tornou as coisas mais fáceis. O que esteve em questão é que defrrontámos uma equipa forte, que pode vencer esta Champions.»

«Ficou provado o poder do PSG. Temos de ter consciencia disso. Perder nunca é bom, mas perdemos com equipa muito forte. Temos de corrigir algumas situações, que nos vão ajudar para os próximos jogos. Mas sabíamos que, nesta Champions, aqui nos colocávamos mais em risco. O PSG foi mais forte, por força dos seus jogadores individuais, de grande qualidade.»

[Lesão de Feja, e o regresso da dupla Matic-Enzo] «Na segunda parte, sim, isso aconteceu. Ainda jogámos 20 minutos com Matic e André Gomes no primeiro tempo Independentemente da lesão do Fejsa, no ano passado Enzo e Matic fizeram uma dupla muito boa, que foi desfeita pela lesão do Salvio. Ela vai continuar porque essa dupla deu-nos uma época de grande qualidade. É verdade que cada jogo tem uma história diferente. Neste encontro, não havia muitos problemas em termos jogadores mais defensivos no corredor central, porque o PSG tem muita qualidade e mobilidade no seu meio-campo. Por isso, quis ter dois elementos de recuperação de posse de bola. Na primeira parte, isso não foi conseguido pela movimentação de Ibrahimovic, que surgia nas costas do Fejsa e Matic, o que ligou o seu jogo e nos dificultou a vida. Tu podes segurá-los taticamente, mas depois individualmente fazem a diferença.»