Jorge Jesus, treinador do Benfica, comentando na SportTV a vitória sobre o Olhanense, para a Taça da Liga, discordou da ideia que a sua equipa tenha relaxado depois de estar a vencer por 2-0 na primeira parte: «Fizemos 45 minutos muito fortes e bons, e não merecíamos a vantagem tangencial ao intervalo. O Olhanense fez golo praticamente na única vez que chegou à nossa baliza e nós tivemos oportunidades para chegar ao intervalo com três golos de vantagem. Na segunda parte notou-se uma quebra, normal, em alguns jogadores que ainda não têm 90 minutos. Tínhamos dois objectivos, o primeiro era ganhar e o segundo lançar alguns elementos que não têm jogado tanto.»

Analisando o rendimento de algumas apostas novas, como o caso do jovem central Roderick, Jorge Jesus referiu: «Depois de estarmos a ganhar por 2-0 faltou-nos alguma experiência no corredor central. O lançamento de Roderick era com a intenção de ele crescer, e acho que esteve bem com bola. Sem bola, ainda lhe faltou algum sentido posicional o que é normal para a idade. Mas acho que todos os jogadores responderam bem, ao intervalo até lhes dei os parabéns porque não esperava que estivessem tão bem, e tão dinâmicos. A Taça da Liga é uma competição importante para podermos fazer equilíbrio do plantel. Temos vindo a crescer, e agora estamos uma possibilidade muito forte de estar nas meias-finais. A maioria destes elementos não tem jogado, mas não se notou muita diferença, em especial nos primeiros 45 minutos», resumiu.

Quanto a Daúto Faquirá, treinador do Olhanense, também na SportTV, teve palavras elogiosas para os seus jogadores: «Esta resposta é a imagem do que tem sido a equipa. Nem sempre é possível ganhar, mas temos tido um bom carácter e uma forma de estar em campo, sempre honrando a camisola.»

O técnico dos algarvios reconheceu que a equipa tardou a encontrar-se: «A primeira parte não foi muito conseguida, talvez porque o resultado adverso estivesse a pesar, mas tenho de dar os parabéns aos meus jogadores. Quando se perde, é porque o adversário foi melhor, mas a resposta satisfez-me imenso. Tenho homens com carácter, e no final tivemos muitos jogadores com limitações musculares, que provaram que podemos contar com eles. Em função do que falta do campeonato, este comportamento deixa-me extremamente convicto de que com este grupo, mesmo saindo um e entrando outro, mesmo fazendo 2500 quilómetros em poucos dias, temos condições para fazer uma boa temporada.»