A Grécia expulsou da comitiva olímpica Voula Papachristou, que devia competir no triplo salto, depois de a atleta ter publicado no Twitter um comentário racista, além de ter deixado implícito o seu apoio a ideias de extrema-direita.

Papachristou comentava o ressurgimento do vírus do Nilo Ocidental perto de Atenas nas últimas semanas, causado por um mosquito portador da doença. O que ela escreveu foi isto: «Com tantos africanos na Grécia, pelo menos os mosquitos do Nilo Ocidental vão comer comida caseira.»

O comentário foi depois apagado, mas motivou uma torrente de respostas indignadas, que consideravam inaceitáveis comentários xenófobos de uma representante olímpica da Grécia e exigiam que ela fosse excluída da equipa.

Além deste incidente, Papachristou já tinha feito «retweet» de um comentário de Ilias Kasidiaris, político do partido de extrema-direita Aurora Dourada, a criticar as posições sobre imigração do novo primeiro-ministro, Antonis Samaras.

A atleta veio a público pedir desculpas pelo comentário no Twitter. «Queria expressar as minhas mais sentidas desculpas pela piada infeliz e de mau gosto que publiquei na minha conta pessoal do Twitter», afirmou, garantindo que «nunca quis ofender ninguém ou comprometer os direitos humanos».

O Comité Olímpico Grego começou por condenar o comentário de Papachristou e acabou mesmo por a excluir da delegação de 105 atletas da Grécia. «Ela cometeu um erro e na vida pagamos pelos nossos erros», diz Isidoros Kouvelos, presidente do Comité grego.