O facto de Manuel Machado estar ausente não passou despercebido aos jornalistas alemães. Como é natural, o estado de saúde do técnico nacionalista foi uma das grandes preocupações ao longo da conferência de imprensa, em Bremen. E face à primeira questão colocada, José Augusto foi directo em relação ao momento delicado por que passa o líder da equipa técnica.
«O estado de saúde do professor Manuel Machado está estável, a reagir bem. Temos de esperar», disse, admitindo em seguida a dificuldade da missão que o aguarda no banco: «Não é fácil substituir o treinador principal numa situação dessas, pois isso abala sempre a estrutura. Todas as famílias sofrem quando acontece um problema com um dos seus membros e o Nacional é a segunda família do professor Manuel Machado. Todos sentiram muito esta situação», frisou.
No entanto, o actual técnico diz-se preparado para a actual situação: «Estou tão bem preparado como estava antes, mas agora em circunstâncias diferentes, pois está tudo mais calmo. Trabalho com esta equipa há dois anos e tenho um conhecimento profundo da sua realidade. A minha postura no banco é diferente da do professor, todos conhecem a dele mas não conhecem a minha. Vamos ver o que vai dar», reforçou.
Com a imprensa alemã a definir o Nacional como um conjunto fraco, opinião refutada por Thomas Schaaf, técnico do Werder Bremen, José Augusto foi directo: «No jogo da primeira volta mostrámos que não somos assim tão fracos. Estivemos a perder por 2-0, empatámos, e com um pouco mais de sorte poderíamos ter conseguido um outro resultado», afirmou, assumindo que a equipa ainda sonha com o apuramento: «É difícil mas ainda temos esperança. Temos de cumprir a nossa parte, ganhando o jogo de amanhã e esperar por uma surpresa no outro jogo», concluiu.