Emídio Guerreiro, recém nomeado secretário de Estado da Juventude e Desporto, acredita num «consenso» entre a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol quanto à polémica questão do «alargamento». José Luís Arnaut, presidente da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol, garante, por seu lado, que não se trata de uma questão de «má vontade», mas sim de uma «questão legal».

Uma semana depois de entrar em funções, Emídio Guerreiro foi ao Portugal Open para «dar um sinal » à organização e atletas quanto ao futuro da modalidade. Quanto à polémica do alargamento, proposta pela Liga e vetada pela federação, o governante diz que apenas pode desempenhar um papel de intermediário. «O que é fundamental é que os agentes do desporto tenham uma postura de consenso. O Estado não se deve meter na vidas das associações, mas antes de mais estimular consensos. Cabe à federação e à Liga gerir esse dossier, eu estou aqui disponível para fazer uma ponte para que as coisas corram de forma satisfatória para o interesse de todos», destacou.

Emídio Guerreiro estava acompanhado pelo secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, e por José Luís Arnaut, que defendeu a posição da FPF no que diz respeito ao alargamento. «Não há má vontade, há apenas aplicação estrita e escrupulosa da lei. Há um regulamento e uma definição de enquadramento jurídico que tem de ser respeitada. Quando a Liga submeteu essa aprovação sabia as contingências jurídicas e legais desse alargamento. Quis fazê-lo, deixando esse ónus para a Federação, e a Federação está cá para cumprir a lei», afirmou.

O dirigente federativo atribuiu a responsabilidade desta polémica à Liga de Clubes. «Como presidente da Mesa da AG da federação, o que tenho de dizer é que a lei tem de ser cumprida. Quando a Liga aprova regulamentos numa base meramente por simpatia e cortesia e acha que é mais fácil deixar a decisão final à Federação, a FPF tem de aplicar a lei e os regulamentos. Não se pode sistematicamente alargar e alargar para resolver um problema. Há uma lei e a lei é igual para todos», destacou ainda.