José Mourinho anunciou este sábado que «dentro de uma, duas semanas» já vai ter clube e que dentro «mais um mês e pouco» vai estar a trabalhar. Uma «certeza» que o treinador revelou enquanto assistia à final da Taça de Ouro do II Open de Portugal de Polo que decorreu esta tarde na Herdade do Zambujeiro, em Benavente.
Com um imenso relvado pela frente, o antigo treinador do Chelsea não conseguiu esconder um certo olhar de nostalgia, mas garante que as «férias» estão a chegar ao fim. «Os relvados estão à minha espera. Mais uma semana ou duas e acabam os campeonatos todos, mais uma semana ou duas os clubes definem a sua vida e o seu futuro, portanto, mais uma semana ou duas e eu vou ter clube e mais um mês e pouco vou estar a trabalhar, portanto está no fim», contou.
Os prazos definidos pelo treinador encaixam nos calendários das ligas espanhola e italiana mas, apesar das certezas de Mourinho, o novo patrão do Special One continua nos segredos dos deuses. «Tenho a certeza de que vou trabalhar, onde não sei, mas tenho a certeza que vou trabalhar, quanto a isso não há problema», acrescentou.
«Espero que os jogadores não fiquem ofendidos, mas o que mais me fascina são os cavalos»
Ainda longe do futebol, Mourinho assistiu com interesse ao embate de polo e até encontrou algumas semelhanças com a sua profissão. «Um desporto colectivo é sempre um desporto colectivo e o polo, apesar de perceber muito pouquinho, deu para perceber que é preciso cooperar, é preciso jogar em equipa. Fiz algumas perguntas a quem percebe e estiveram a explicar-me, inclusive, que eles levam papéis para casa para estudarem jogadas e posicionamentos. É um desporto completamente diferente do meu, obviamente, mas é um desporto de equipa», comentou.
Apesar das diferenças, o treinador até se manifestou entusiasmado com a modalidade. «Espero que os jogadores não fiquem ofendidos comigo, mas o que mais me fascina são os cavalos. São de facto animais fantásticos e é aquilo que mais gosto. Mas o domínio do homem sobre eles, a forma como os jogadores montam e jogam e também a coordenação com o taco e a bola, achei muito engraçado», contou. Uma boa experiência como espectador, mas apenas nessa perspectiva. «Monto e mal, imaginem tentar fazer um desporto tão difícil, mas como espectador é interessante, é giro. Pensava que em cinco minutos o jogo estava percebido e o interesse ia perder-se, mas não», acrescentou.
Uma tarde bem passada quando o treinador garante que a fronteira entre as férias e o trabalho já está à vista. «Tenho dito que as coisas boas de não trabalhar é poder dar resposta a outro tipo de solicitações que normalmente não posso dar. Hoje é mais um exemplo de uma coisa que não faria se estivesse a trabalhar», referiu ainda.
Por curiosidade, a equipa do CF&A bateu o La Várzea numa final bem disputada (7-6) e recebeu a Taça de Ouro das mãos de Mourinho.