José Veiga mostrou-se no final da derrota em Barcelona cáustico em relação às duas arbitragens da eliminatória. «Devemos sentir-nos orgulhosos pelo grupo de jogadores que temos e que fizeram uma prova extraordinária como já há muito tempo que o clube não conseguia», começou por dizer. «Mas a arbitragem foi muito habilidosa. Nestas coisas valores mais altos se levantam. Não foi uma arbitragem tão escandalosa como a primeira, mas foi uma arbitragem inteligente».
Mas não foi só a arbitragem que motivou a ira do responsável pelo futebol encarnado. José Veiga queixou-se também da organização, ele que quando o autocarro do Benfica chegou ao estádio protestou com a polícia catalã. «Sim, porque seguimos um trajecto completamente diferente do que tínhamos feito ontem. Não é possível que um percurso que demora meia-hora seja feito em uma hora e dez minutos», disse. «Houve uma certa altura em que nos libertamos da polícia, porque íamos mais depressa sem eles».
Por isso o Benfica não cala a sua revolta. «São coisas que não podem repetir-se», frisou José Veiga. «Já fizemos uma participação à UEFA e as coisas estão agora nas mãos da UEFA». Em relação à arbitragem fica o protesto. «A arbitragem afastou o Benfica, porque se tivessem marcado a grande penalidade da Luz tudo teria sido diferente hoje».
Posto isto, o dirigente pede aos adeptos que olhem em frente. «Domingo há mais, há a Liga, e vamos concentrar-nos nela para fazermos o melhor possível. Gostávamos de mais, gostávamos de seguir em frente, mas temos a consciência que fizemos uma prova extraordinária e agora há que levantar a cabeça e pedir aos adeptos para nos apoiar porque ainda temos uma palavra a dizer no campeonato. Nesse sentido José Veiga vai ficar a torcer no Sporting-F.C. Porto. Que resultado? «O empate seria o resultado ideal».