No último dia para as diligências da fase de instrução do processo «E-toupeira», a defesa do Benfica chamou os presidentes de Sp. Braga e Vitória de Guimarães para completar o lote de testemunhas. Nuno Gomes, antigo atleta e dirigente do clube, também esteve no TCIC. 

Sousa Cintra constava da lista inicial de testemunhas arroladas pela SAD do Benfica, mas acabou por não marcar presença. 

«O senhor Sousa Cintra não faltou, fomos nós que prescindimos hoje do seu depoimento e justificámos ao tribunal as razões que estiveram na base dessa decisão, que tem que ver com a divulgação pública do conteúdo das diligências de instrução da semana passada», afirmou Rui Patrício, advogado da SAD das águias, à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal. 

Tudo sobre o processo E-toupeira

João Medeiros, outro dos advogados que representam as águias, fez um balanço da fase instrutória. «Correu muito bem, foi produzida muita prova, muito esclarecedora. É uma instrução, tudo pode acontecer, mas, de qualquer forma, a fase de instrução correu muito bem.»

O debate instrutório, aberto ao público, será realizado no dia 3 de dezembro. 

Recorde-se que o processo «e-toupeira» investiga alegados benefícios concedidos pelo Benfica a dois funcionários judiciais, em troca de informações de processos que envolviam o Benfica e/ou rivais.

A acusação proferida pelo MP aponta 30 crimes à SAD do Benfica, um por crime de corrupção ativa, um por crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e 29 crimes de falsidade informática. Além disso o agora ex-assessor jurídico, Paulo Gonçalves, é acusado de 79 crimes. Já aos dois funcionários judiciais, José Augusto Silva e Júlio Loureiro, são apontados 76 crimes cada.