A Federação Portuguesa de Futebol e a UEFA foram impedidas de se constituírem como assistentes no processo de Rui Pinto, não podendo assim consultarem os autos do processo contra o hacker português, que está em prisão preventiva desde 22 de março.

A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã e, entretanto, confirmada pelo Maisfutebol.

Os requerimentos dos dois organismos chegaram ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) de Lisboa no início de abril, mas foram agora indeferidos.

De referir que FPF e UEFA pretendiam ser representadas pelo advogado e antigo secretário de Estado do Desporto Alexandre Mestre, consultor da Abreu Advogados, sociedade que representa o Benfica no processo em que o clube pede uma indemnização de 17,7 milhões ao FC Porto pela divulgação de e-mails internos.

Rui Pinto, de 30 anos, está indiciado pela prática de acesso ilegítimo, violação de segredo, ofensa à pessoa coletiva e extorsão na forma tentada; crimes relacionados com o Sporting e o fundo de investimento Doyen Sports.

O português, que assumiu ser membro da plataforma Football Leaks, que revelou casos de corrupção e fraude fiscal no futebol, foi detido na Hungria após a emissão de um mandado de detenção europeu, tendo sido apreendidos os seus computadores e discos externos.