A figura
Fernando: Uma enorme exibição. Excelente nas recuperações de bola, e nas transições ofensivas. Com menos um homem, tornava-se mais importante ainda fechar os espaços e manter a posse de bola o mais possível. Fernando fez esse papel na perfeição, com alguns cortes providenciais e lances de encher o olho, sobretudo na segunda parte, quando o Zenit pressionou mais. O epíteto de polvo assentou-lhe como uma luva esta noite.

O Momento
86 minutos, golo de Kerzhakov: Depois de uma primeira parte em que, apesar da inferioridade numérica, o FC Porto dominou, no segundo tempo, quem mandou no jogo foi o Zenit. O cansaço foi-se apoderando dos jogadores portistas e a formação russa não aliviava a pressão. Hulk fez um verdadeiro tiro ao alvo, encontrando sempre Helton no caminho, mas aos 86 minutos, um cruzamento milimétrico do brasileiro pôs a bola nos pés de Kerzhakov, que só teve que empurrar para o golo que valeu os três pontos aos russos.

Outros destaques
Lucho: Com a equipa reduzida a dez elementos, o meio campo destacou-se. Muito bem nas transições, a tentar fazer a bola chegar à frente, e nas recuperações, tentando que os experientes avançados do Zenit não recebessem o esférico. Aos 19 minutos, atirou uma bola ao ferro que levantou o estádio.

Josué: Mais uma peça-chave da prestação portista a dar solidez ao meio campo. De bola parada ainda deu alguns calafrios aos guarda-redes russo. Quebrou de rendimento na segunda parte e acabou por ser substituído.

Helton: Depois de uma prestação desastrada frente ao Atlético Madrid, o guarda-redes portista redimiu a sua imagem com um punhado de grandes defesas. Aos 59 minutos, com a ponta do pé, defendeu um remate de Hulk que levava selo de golo. Dez minutos depois, travou outra bomba do brasileiro. E o duelo prolongou-se até ao fim do jogo.

Hulk: Assumiu a maior parte das despesas do ataque do Zenit. Na primeira parte, muito marcado pela defesa portista, que lhe caía em cima sempre que recebia a bola, ainda assim conseguiu mostrar um pouco da sua classe. Na segunda parte esteve mais solto e foi o responsável pelas dores de cabeça que a equipa portista sofreu na segunda parte. Logo no início do segundo tempo, esteve isolado em frente a Helton, mas o guarda-redes portista, com o pé, negou-lhe o golo. Depois, uma bomba de fora da área, teve o mesmo fim. Com um cruzamento fantástico, fez a assistência para o golo de Kerzhakov.

Danny: Mais discreto no jogo do que Hulk, acabou por não tentar muitas vezes o remate à baliza. Na primeira parte ainda teve o golo ao seu alcance, aproveitando uma falha defensiva, mas rematou muito por cima. Não foi a sua noite mais inspirada.

Neto: Bem a fechar os caminhos aos avançados portistas, o central português ainda se aventurou a subir no terreno na segunda parte, altura em que o Zenit pressionou mais. Uma boa exibição do português.