Vinte minutos iniciais à deriva, por clara inadaptação às condições do relvado encharcado do estádio Ljudski, e falta de eficácia na finalização estiveram na base do empate (1-1) cedido pelo Sp. Braga em Maribor, diante do adversário mais fraco do grupo H. Um empate que, conjugado com a vitória do Birmingham em Brugge, deixa a equipa de Leonardo Jardim sem margem de erro para os próximas jornadas.

LE (Grupo H): Birmingham vence no 100º minuto!

Mesmo considerando que um empate fora de casa é um desfecho positivo, e que o Sp. Braga continua de corpo inteiro na luta pelo apuramento, não pode deixar-se de considerar o resultado como uma ocasião perdida para anular o tropeção da ronda anterior, em casa com o Brugge.

Mantendo o onze inicial do jogo com os belgas, Leonardo Jardim deu um sinal claro de que pretendia ver a sua equipa assumir a iniciativa e o controlo de jogo desde os primeiros minutos. Mas não contava com a chuva intensa que caiu na Eslovénia nos últimos dias, e que transformou o relvado do Maribor num autêntico rinque de patinagem. Chegou a ser penoso contar as escorregadelas dos jogadores minhotos nesses minutos iniciais, em acções defensivas e ofensivas.

A tendência confirmou-se aos 14 minutos, com o Maribor a marcar na primeira oportunidade de que dispôs: cruzamento de Mezga na direita, e toda a defesa minhota a perder posição, com Baiano a acabar por pôr a bola no caminho de Ibraimi. O macedónio marcou de pé esquerdo, e deu uma inesperada alegria aos seus adeptos.

Por volta dos 20 minutos, o Sp. Braga começou a equilibrar-se melhor no terreno, e descobriu a receita para fazer mossa na defesa eslovena: por três vezes, passes em profundidade de Hugo Viana e Mossoró deixaram Lima na cara do guarda-redes Handanovic, mas a finalização do brasileiro nunca teve a precisão necessária.

Outra arma explorada pelos minhotos, já num cenário de clara superioridade, foram as bolas paradas, com Hugo Viana em destaque nesse particular. E foi de um livre lateral do médio que nasceu o golo do empate, com Elderson, em posição duvidosa, a concluir ao segundo poste (43 m). Mesmo antes do intervalo, Mossoró viu Handanovic negar-lhe o 2-1 com uma defesa vistosa, e tudo parecia encaminhado para uma segunda parte triunfante para a equipa de Jardim.

O cenário não se confirmou, com os problemas de adaptação à relva a repetirem-se e, mais importante, o desgaste a fazer aumentar o espaço entre linhas, tirando eficácia à superioridade técnica dos minhotos. É verdade que o Sp. Braga voltou a ter ocasiões suficientes para consumar a vitória, mas a boa exibição de Handanovic e a falta de sorte de Hugo Viana (cabeçada à trave, aos 87 minutos) impediram que a vitória se consumasse, num jogo pouco conseguido pelos minhotos.

Dentro de duas semanas, em Braga, é imperativa a vitória frente a um limitado Maribor, que esta tarde festejou o primeiro ponto conquistado como se de uma vitória se tratasse. Mas desta vez importa não falhar a entrada em cena. E, já agora, levar pitons para a chuva.