Jorge Jesus, treinador português que conduziu o Flamengo à conquista da Taça Libertadores, em declarações à Sport Tv na zona mista do estádio Monumental, em Lima, Peru.
«É a vitória mais importante da minha carreira. Esta competição é como a Champions para a Europa. Esta final foi transmitida para 176 países. Duas grandes equipas, qualquer uma podia ser vencedora. Mas estes adeptos são impressionantes. Não há nenhum clube com estes adeptos. São 50 milhões.
Precisávamos de transportar isto para títulos, porque nisso não são muito grandes. Estamos também perto de vencer o campeonato, mas para os adeptos do Flamengo este é o título que era importante. Há 40 anos sonhavam com este troféu. Estou muito contente com esta vitória.»
[sobre o apoio que recebeu de Portugal]
«Sei que muitos milhões de portugueses estavam a fazer força para que o Flamengo ganhasse a Libertadores. E este troféu também é para o povo português. Um grande beijo para todos os portugueses. Tenho muito orgulho muito grande em ser português.»
[sobre a ida ao Mundial de clubes]
«Quando viemos para cá tínhamos em mente três trofeus. A Libertadores dá-nos a possibilidade de estar no Mundial e agora queremos ir à final.»
[título de campeão do Brasil está quase conquistado]
«Sim. É um campeonato muito forte, apaixonante e estamos perto de o conquistar. Agora vai ser complicado, vai haver muita festa, isto não vai parar nos próximos dias, mas eles merecem.»
[depois da Libertadores, objetivo é a Champions?]
«A minha aposta de vir para o Brasil foi a pensar ganhar Libertadores. Sabia que é importante para qualquer treinador e clube conquistar. A Champions só podes ganhar se estiveres nas quatro ou cinco equipas que todos os anos têm possibilidades de ganhar, se não esquece.»
[sobre os momentos finais]
«Até me chateei um pouco com o meu adjunto, o João de Deus, que quando faltavam uns 20 segundos. Ele estava a dizer ‘já está, já está’ e eu disse ‘já está o… até me saiu um palavrão’. Eu já perdi campeonatos a segundos do fim.»
[sobre a forma como foi recebido]
«Fui para um país onde não me conheciam, desconfiaram do nosso valor, mas temos de aceitar. A globalização ainda não tinha chegado até eles, mas têm sido impecáveis comigo.
E é uma vitória também do povo brasileiro. Nesta altura quero dar uma palavra a todo o povo brasileiro. Só quem está como eu estou é que percebe a paixão que eles têm pelo futebol.»