No jogo entre a melhor defesa do campeonato espanhol e a melhor defesa do campeonato italiano… decidiram os defesas, pois claro.

Neste caso, os do Atlético Madrid que se mostraram absolutamente intratáveis a defender e ainda tiveram dois protagonistas a decidir lá na frente: Giménez e Godín.

Num jogo em que a equipa de Diego Simeone foi sempre superior, a vantagem que leva para a segunda-mão é mais do que merecida. Valeram os golos dos dois defesas centrais uruguaios, que desenharam o 2-0 final. Um triunfo com sabor a «mate», que deixa a Juventus em Xeque nesta Liga dos Campeões.

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Ronaldo tentou, foi visto a incentivar os companheiros em mais do que uma situação, mas foi infeliz neste regresso a Madrid.

E se a vantagem espanhola é de apenas dois golos, a Juventus bem pode agradecer a existência do VAR.

A tecnologia que entrou em cena na Champions nesta fase da competição teve um papel fundamental, ao reverter duas decisões do árbitro que prejudicavam a Juventus.

Ainda na primeira parte, um penálti assinalado por falta sobre Diego Costa foi transformado numa falta à entrada da área da Juventus; e já no segundo tempo, só com recurso ao VAR o árbitro anulou um golo a Morata, por falta sobre Chiellini.

O que isto deixa claro, desde já, é que foi o Atlético quem esteve sempre mais perto do golo.

É verdade que Oblak negou o golo a Ronaldo – num forte remate de livre direto, ainda na primeira parte -, e a Bernadeschi já perto do fim. Mas também podemos trazer Szczęsny para a equação e referir que o polaco também impediu que a equipa espanhola chegasse à vantagem mais cedo.

A defesa com a ponta dos dedos que o guardião polaco fez após uma tentativa de chapéu de Griezmann, aos 53m, é o mais espetacular exemplo disso.

Um lance que surge já depois de Diego Costa falhar o que não é normal falhar. Após excelente passe de Griezmann a explorar as costas da defesa italiana, isolado, o hipano-brasileiro acertou mal na bola e o remate saiu ao lado.

Tal como a ambição da Juventus, diga-se. Allegri tinha dito que queria marcar no Wanda Metropolitano para ter margem para decidir em Turim, mas não foi isso que aconteceu.

E agora, para chegar aos quartos de final, a Juventus tem os Alpes para subir. É uma tarefa árdua aquela que espera Ronaldo e companhia para seguir em frente numa prova onde entrou como um dos principais favoritos.

Tem a resposta a Vecchia Signora, mas cuidado com este Atlético Madrid de Simeone, que viaja em executiva, com uma vantagem confortável para Turim. 

Deste jogo ficam ainda três ausências para a segunda mão, duas no Altético Madrid - Diego Costa e Thomas Partey - e uma na Juventus: Alex Sandro.