Sem Messi em campo, mas com a categoria habitual, o Barcelona não teve grandes dificuldades em bater o Inter, assegurando o pleno de vitórias ao fim da 3.ª jornada da Champions. Rafinha substituiu o astro argentino no campo, e foi mesmo ele a abrir caminho ao triunfo por 2-0, cometendo uma pequena traição à equipa onde jogou na época passada. O resultado foi depois confirmado por Jordi Alba na segunda parte.

Com seis pontos somados no grupo B da Liga dos Campeões, Barcelona e Inter subiram ao relvado do Camp Nou a saber que na pior das hipóteses, sairiam com mais cinco pontos do que PSV e Tottenham, que tinham empatado ao final da tarde na Holanda.

A pressão, portanto, era pouca para duas equipas que venceram nas duas primeiras jornadas e que, tudo indica, devem decidir entre elas os dois primeiros lugares do grupo.

Ainda assim, foi um Inter muito cauteloso aquele que se viu na primeira parte do jogo. Com o Barcelona a assumir a posse de bola, mas órfã da magia de Messi – deve ficar afastado por três semanas devido a lesão -, não foi fácil encontrar os caminhos para a baliza de Handanovic.

E não deixou de ser estranho que tenha sido na sequência de um canto que surgiu a primeira oportunidade para o conjunto blaugrana, com Lenglet a cabecear para defesa com os pés de Handanovic.

Com o Barça a dominar completamente o jogo, o golo acabou por surgir pouco depois da meia-hora, por Rafinha, o jogador novidade no onze, que ocupou o lugar que costuma ser de Messi.

O hispano-brasileiro recebeu no corredor central, abriu à direita em Suárez, que cruzou de forma perfeita para o pé esquerdo de Rafinha encostar sem deixar a bola cair.

A equipa da casa podia ter ampliado a vantagem ainda antes do intervalo, Coutinho esteve perto no último suspiro da primeira parte, mas a bola desviada por um defesa saiu um pouco ao lado.

E na segunda parte, a grande diferença foi a atitude do Inter. Spalletti mexeu logo ao intervalo, colocando Politano para o lugar de Candreva e a equipa italiana começou a aproximar-se da baliza de Ter Stegen, ainda que sem incomodar o alemão.

O Barcelona, por seu turno, fazia o jogo que se lhe conhece. Posse de bola, muitos passes com a bola a pisar todas as zonas do relvado, sempre com qualidade, e a espreitar o perigo várias vezes.

Foi assim que surgiu o segundo golo da partida. Bola a circular por vários jogadores, Arturo Vidal – que ouviu assobios no momento da entrada depois de se ter queixado de ter poucos minutos de jogo na equipa de Valverde – progrediu com bola, colocou em Rakitic e este serve Jordi Alba na área para o golo que assegurou a vitória.

Deste jogo – no qual Nelson Semedo entrou a 20 minutos do fim – realce ainda para um lance que promete correr o mundo, com muito mérito do Inter e do estudo que fez do adversário desta quarta-feira.

Num livre frontal batido rasteiro por Suárez, Brozovic mostrou o trabalho de casa feito e deitou-se atrás da barreira no último momento, impedindo o golo do uruguaio. E essa imagem até é capaz de perdurar na memória por mais tempo do que o resultado da partida… ainda que não tenha valido pontos.