Não passou de um pequeno acidente de percurso.

Aos 10 minutos, o Legia Varsóvia adiantava-se no marcador no Westfalenstadion. Depois de receber na área um passe na direita, Prijovic controlou antes de rematar colocado e sem balanço para o golo da equipa polaca.

O Borussia levou o aviso a sério e cobrou a ousadia dos visitantes com juros. Três golos em quatro minutos. Kagawa empatou aos 17’ num desvio de cabeça junto ao segundo poste após passe de Dembelé.

Bola ao centro e bastou contar-se alguns segundos para a cena repetir-se. Novo golo dos alemães, desenho diferente mas os mesmos protagonistas. Dembelé tocou rasteiro para o japonês, que tirou um adversário do caminho antes de rematar forte de pé esquerdo para o 2-1.

O 3-1 chegou aos 20 minutos, num lance em que o guarda-redes do Legia ficou mal na fotografia depois de socar uma bola contra o corpo de Nuri Sahin, que acabou por marcar involuntariamente naquele que foi o primeiro golo dele em mais de um ano e meio.

O Legia ainda conseguiu estancar a fúria germânica e reduziu pouco depois para 3-2, novamente por Prijovic. Pouco depois, Prijovic falhou o hat-trick por pouco ao atirar ao ferro e no ataque seguinte o Borussia fez o 4-2 por Dembelé a passe de Marco Reus, que realizou nesta terça-feira o primeiro jogo da temporada.

Estavam decorridos 29 minutos e bastaram mais quatro para a equipa da casa chegar à mão-cheia num lance de classe de Sahin, que picou por cima dos defesas para a corrida de Kagawa, que tocou para a entrada de Reus, que só precisou de encostar em zona privilegiada.

A primeira parte chegava ao fim com sete golos. Na etapa complementar, a equipa da casa abrandou o ritmo (mas não tanto assim), mas chegou ao sexto aos 52 minutos. Ao golo e às duas assistência da primeira parte, Dembélé (avançado francês de apenas 19 anos) somou mais um passe decisivo, agora para Reus, que bisou em mais um lance no qual surgiu sem qualquer marcação na zona da pequena área.

Depois do triunfo sobre o Bayern Munique para a Bundesliga, o Borussia voltava a dar uma demonstração de poderio e logo num jogo em que Tuchel deixou no banco o goleador da equipa Aubameyang e em que não pôde contar, entre outros jogadores, com Raphael Guerreiro, ainda a recuperar de lesão.

O Legia reduziu aos 57’ por intermédio de Kucharczyk. Passlack fez o 7-3 aos 81 minutos, enquanto Nikolic fez, pouco depois, o quarto da formação polaca.

Os onze golos no Borussia-Legia igualavam o anterior melhor registo de golos na Liga dos Campeões, alcançado num Mónaco 8-3 Deportivo em 2003/04.

Faltava um para o Westfalenstadion assistir à maior chuva de golos da história da Liga dos Campeões (leia-se, 1992). E ela chegou mesmo, por Marco Reus, a fechar com um hat-trick o primeiro jogo realizado em 2016/17.

Nada mau.