Com Cristiano Ronaldo na bancada, ainda a contas com problemas físicos, as meias-finais da Liga dos Campeões arrancaram com um nulo entre Manchester City e Real Madrid que pouco honrou a proximidade da entrega do título europeu, na medida em que reflete a fraca qualidade do espetáculo proporcionado.

A avaliação negativa deve-se sobretudo à primeira parte, sem qualquer oportunidade de golo digna desse nome, a ponto de o principal destaque ser a saída por lesão de David Silva a cinco minutos do descanso.

Karim Benzema ficou no balneário «merengue» ao intervalo, depois de ter estado em dúvida para este encontro, que na segunda parte foi bastante mais agradável, ainda que sem grande brilhantismo.

FILME DO JOGO

O primeiro remate do jogo (digno desse nome) até foi do Manchester City, por Kün Aguero (47m!!), mas o Real Madrid foi a equipa que mais oportunidades criou para colocar-se em vantagem na eliminatória. Sobretudo através de lances de bola parada, com Joe Hart a assumir-se então como a figura do encontro.

O guarda-redes inglês começou com uma defesa relativamente fácil a cabeceamento de Sergio Ramos (54m), mas depois brilhou perante um desvio de Casemiro, defendido com a perna esquerda (80m), e sobretudo com uma mancha a Pepe, que apareceu solto na pequena área mas atirou contra Hart (82m).

Pelo meio houve ainda um cabeceamento de Jesé à barra (72m), a certificar o ascendente espanhol na etapa complementar.

O Man City ainda esboçou uma ofensiva final, mas essa resumiu-se a um livre direto de Kevin de Bruyne que Navas desviou por cima da barra.

Talvez inibidas pela ausência do cabeça de cartaz, as duas equipas proporcionaram um jogo fraco, e o nulo funciona como uma espécie de punição para ambas, como que a obrigando-as a fazer bem melhor no Santiago Bernabéu.