Nuno Espírito Santo garante que tem consciência do que está em jogo quando esta terça-feira o Valencia defrontar o Zentit de André Villas-Boas, em São Petersburgo, para o jogo da quarta jornada do Grupo H da Liga dos Campeões. O treinador português, que viu a contestação à sua liderança aumentar depois do empate concedido diante do Levante, garante que está totalmente concentrado no objetivo da Champions. Uma conferência menos polémica do que se estava à espera, uma vez que os jornalistas espanhóis ficaram retidos no aeroporto e o treinador respondeu apenas às questões colocadas pelos jornalistas russos, quase todas sobre o jogo e não sobre o momento difícil do Valencia.

Com apenas seis pontos nos primeiros quatro jogos, o Valencia está no segundo lugar do Grupo H, mas ainda não tem garantida a qualificação para os oitavos. «A equipa técnica, a direção…todos sabemos da importância deste jogo e não precisamos de reuniões para falar deste jogo. Sabemos de sobra. A equipa sabe e cada jogador está consciente do que está em jogo», destacou.
  O Zenit, que já está qualificado, venceu o primeiro jogo com o Valencia, por 3-2, em pleno Mestalla. «Vimos muitos jogos. O do Ural, o de Lyon…e o nosso. Conhecemos muito bem esta equipa do Zenit. Tanto as suas individualidades, como as suas ideias de jogo. Sabemos que tipo de equipa vamos defrontar amanhã», comentou.

André Villas-Boas, que falou minutos antes, admitiu que o Zenit, que só precisa de um ponto para garantir o primeiro lugar do grupo, vai jogar em contra-ataque. «A estratégia do Zenit é clara. Se Villas-Boas o admitiu, ainda é mais caalra. Além disso, é um estilo próprio. O jogo do Mestalla foi um reflexo do que é o Zenit. Em Lyon conseguiram vencer com o mesmo modelo. Temos de manter a nossa identidade e tentar impor o nosso jogo, que é ir à procura do golo», prosseguiu.

No ataque do Zenit destaca-se, acima de todos, Hulk, mas Nuno Espírito Santo prefere olhar para o todo. «Temos de responder como equipa. Anular com sentido de grupo. Equilíbrio e organização», referiu.

Um jogo que vai ser disputado com condições climatéricas difíceis, com o mercúrio dos termómetros a descer abaixo dos zero graus. «Já falámos sobre isso. Agora vamos treinar. Estamos a par da dureza do clima russo. Temos de estar preparados para combater», comentou.

O Valencia chegou a São Petersburgo com algumas baias, a última das quais é o central alemão Mustafi. «Temos alguns jogadores impedidos, mas os que estão dão-nos soluções suficientes. Vão jogar jogadores preparados e motivados para o fazer», destacou ainda o treinador português.