O Lille está fora das meias-finais da Liga Conferência, caindo, em casa, às mãos do Aston Villa, quarto classificado da Premier League, que no fim de semana venceu o Arsenal. Só o desempate a partir da marca de grande penalidade decidiu a eliminatória, após o 2-1 registado nos 120 minutos (3-3 no agregado).

Na tarde desta quinta-feira, Paulo Fonseca apostou no lateral Tiago Santos como titular, enquanto Ivan Cavaleiro, Angel Gomes e Tiago Morais foram suplentes.

A perder pela diferença mínima no agregado (1-2), o treinador português apenas trocou Zhegrova por Yazici, no meio-campo. Aposta certeira, uma vez que o médio turco empatou a eliminatória ao cabo de 15 minutos, assistido por Gudmundsson.

Até ao intervalo, ainda que os ingleses conservassem a posse de bola (63 por cento), apenas o Lille rematava, com dois dos seis remates a obrigarem Emi Martínez a aplicar-se. Por isso, o guardião argentino procurava «gelar» o encontro retardando as bolas paradas, o que valeu o cartão amarelo.

No segundo tempo, a inevitável reação do Aston Villa foi de imediato travada por Benjamin André, que se estreou a marcar na prova. Na sequência de um canto cobrado à esquerda, o médio francês consumou a reviravolta na eliminatória, ao cabo de 68 minutos.

Face ao decorrer do encontro, as hostes dos «Lobos» sentiam que um novo passo nesta campanha europeia estava próximo de ser dado. Todavia, os derradeiros minutos da etapa complementar foram fatais. Já com Angel Gomes e Ivan Cavaleiro em campo, os anfitriões cederam ao desespero contrário, aos 86m.

Na sequência de um cruzamento pela esquerda, o guardião Chevalier saltou, mas, no momento de segurar o esférico, foi incomodado pelo colega Bentaleb. Na confusão, o colombiano Duran não conseguiu aproveitar, mas o central Matty Cash teve melhor sorte, fora da área. Na melhor oportunidade, os comandados de Unai Emery viram um autêntico milagre sair das mãos de Chevalier.

A festa baixou de tom aquando do apito que confirmou o prolongamento.

A rendição de Chevalier

De parada e resposta, o ritmo caiu a pique e Chevalier redimiu-se do erro, travando Watkins e Douglas Luiz. Face ao primeiro remate, pela direita, o guardião voou para travar o arco. Bem posicionado, o capitão do Villa mergulhou para a baliza deserta. Todavia – milagrosamente – Chevalier voltou a agigantar-se para desviar o esférico por cima.

Ficava claro que o Lille havia esgotado baterias durante os 90 minutos, ao contrário dos ingleses, na maioria do encontro atrás da linha da bola.

Nos derradeiros 15 minutos, Tiago Santos dispôs da melhor oportunidade, num remate cruzado, fora da área. E apenas o Lille atacou, ora por Ivan Cavaleiro, ora por Angel Gomes. Do outro lado, o Aston Villa guardava um amuleto para os penáltis. Emi Martínez, pois claro.

Aos 114 minutos, os jogadores do Lille reclamaram penálti de Matty Cash, mas, ainda que o esférico desvie na mão do central, o árbitro da partida entendeu que o inglês não aumentou a volumetria do corpo.

Em cima dos 120, Chevalier voltou a aplicar-se, perante Bailey, com uma espargata ao poste direito. Visto que ninguém era capaz de desatar o nó, chegara a hora dos penáltis.

Martínez, o (sempre) polémico herói

Na marca do castigo máximo, entre provocações, o guardião do Aston Villa travou Bentaleb e Benjamin André. 

Do outro lado, Chevalier travou Bailey, e Angel Gomes converteu o respetivo penálti. De pouco valeu, com a contagem fixada em 3-4.

Nas meias-finais, o Aston Villa defrontará Olympiakos ou Fenerbahçe.

No calendário doméstico, o Aston Villa recebe, na tarde de domingo (15h), o Bournemouth, numa fase em são quartos, com mais três pontos face ao Tottenham (5.º).

Por sua vez, o Lille, quarto da Ligue1, em posto de pré-eliminatória da Champions, recebe o Estrasburgo na tarde de domingo (14h).