A vitória por 3-0 e o tremendo desequilíbrio de forças no jogo da 1.ª mão há uma semana permitia dizer com relativa segurança que o apuramento do Sp. Braga para o play-off da Champions seria um mero pró-forma.

Mas, dias após a derrota caseira com o Famalicão no arranque da Liga, os arsenalistas enfrentaram a o segundo jogo da 3.ª pré-eliminatória da Champions com a seriedade para a qual tinha apelado Artur Jorge.

E o arranque de jogo dos minhotos foi perfeito. Tão perfeito que aos 20 minutos já tinham superado o resultado do encontro de há uma semana.

FILME, FICHA DE JOGO E VÍDEOS DOS GOLOS

Nesse (curto) período, tudo saiu na perfeição ao Sp. Braga. As tabelas permanentes a envolver Ricardo Horta, Pizzi, Bruma e o (esta terça-feira) avançado-centro Álvaro Djaló; o envolvimento de Victor Gómez pelo corredor direito; até aquele remate de Musrati desviado num defesa no 4-0, depois dos golos de Pizzi (8m), Bruma (13m) e de Álvaro Djaló (16m).

Mas não foi só o recital de bom futebol dos arsenalistas a fazer a diferença. O conjunto português teve pela frente uma equipa demasiado frágil e desorganizada.

Depois do quarto golo aos 20 minutos, o Sp. Braga não marcou mais golos, mas isso deveu-se mais a um claro abrandamento do que propriamente à eliminação dos erros por parte dos sérvios, até porque Álvaro Djaló teve pelo menos mais duas ocasiões para marcar só no resto da primeira parte, que terminou com um golo de Rakonjac, o único do Backa Topola em toda a eliminatória.

Com uma vantagem de 7-1 na soma dos dois jogos, Artur Jorge aproveitou para rodar a equipa e fez três alterações logo ao intervalo. Para dar tempo de jogo a uns – ao estreante Rony Lopes, a Zalazar e a Roger Fernandes – e para poupar outros (Bruma, Musrati e Ricardo Horta), porque no sábado o candidato assumido ao título está proibido de voltar a tropeçar, sob pena de deixar de sê-lo demasiado cedo.

O jogo prosseguiu à velocidade que os bracarenses quiseram. Apesar de rendida, a pobre equipa sérvia tentou evitar uma queda ainda mais estrondosa.

Nos minutos finais, depois de largos minutos sem grandes motivos de interesse, o Sp. Braga tentou sair de cena como entrou: a ser arrasador.

Rony Lopes quase marcou na estreia pela nova equipa, o reforço Zalazar também esteve perto do golo e Adrián Marín também fez por isso, mas faltou-lhes o que houve em abundância nos primeiros 20 minutos: perfeição.

O Sp. Braga está mais perto da fase de grupos da Liga dos Campeões.