Declarações do treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, na conferência de imprensa após a derrota frente à Roma, por 2-1, em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões:

[Golo dá balão de oxigénio para a segunda bola?] «Acho que não há balão de oxigénio nenhum, fomos à procura de fazer golos aqui, é verdade que as equipas na primeira parte encaixaram muito uma na outra, prevaleceram as organizações defensivas, não houve grandes ocasiões, exatamente porque estes jogos a duas mãos são muito difíceis, embora não pareça em Portugal, mas estamos nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Fomos à procura da baliza adversária, sofremos o primeiro golo numa situação em que o Brahimi está no chão, um bocado de confusão juntos aos bancos, e nestes momentos estes pequenos detalhes pagam-se caro, exatamente a mesma coisa no segundo golo, onde nós nesses períodos estávamos com o jogo controlado. Depois fizemos o 2-1, nunca parámos de ir à procura de fazer mais golos. Estamos a meio, faltam outros 90 minutos no Dragão e está tudo em aberto.»

[Estranhou o rigor tático da Roma e se a segunda mão ser daqui a quatro semanas dá conforto ou desconforto?]: «Não estranhei, nós vimos muitos jogos da Roma, percebíamos qual era a forma deles defenderem, a verdade é que na nossa primeira fase de construção estávamos bem, depois no último terço fomos pouco incisivos. Acho que a solidez defensiva era importante neste jogo, para levarmos algo daqui e para sermos perigosos a atacar. Sinceramente gostei em muitos períodos dessa forma como defendemos e anulámos alguns pontos da Roma. Acho que podíamos e devíamos em alguns momentos em termos ofensivos ter chegado com mais perigo à baliza adversária. [A distância] é o que é, num jogo pode acontecer este tipo de situações, este é o 11.º jogo num mês e 15 dias, não é fácil essa gestão quando há lesões. Tenho de arranjar soluções, temos um plantel que me permite encontrar essas soluções, não há outra forma de estar no futebol. No jogo daqui a três semanas não vai faltar a nossa identidade, porque quando somos fieis à nossa identidade criamos muito desconforto no adversário, independentemente dos jogadores que joguem.»

[O favoritismo continua dividido?] «A percentagem está igual, 50/50.»

«O Zaniolo é um grande jogador, um jovem de muita qualidade. Tem um físico muito interessante, é forte, tecnicamente muito bom, penso que será um jogador de altíssimo nível.»