Franco Jara

Não foi o Saviola que Jesus desejaria, mas o voto de confiança na estreia a titular na Europa seria validado na recta final do desafio, com o golo da vitória. Na primeira parte, as tentativas de resolver sozinho, como tantas vezes acontece quando entra nos minutos finais, surtiram o único efeito de enervar o treinador e os adeptos. Jara queria uma oportunidade, teve-a, mas podia ter feito mais, mesmo sendo seu o golo da reviravolta.

Cardozo

Apareceu a 20 minutos do fim, mas muito a tempo de recolocar o Benfica na rota europeia. Assinou o empate com um grande pontapé de pé esquerdo, sem hipóteses para Ulreich, e certificou-se que a bomba de Jara voltaria a entrar na baliza do Estugarda, a oito minutos do apito final.

Nico Gaitán

Sem Saviola em campo, com Aimar a meio gás e Salvio fora de cena, a criatividade argentina começou do lado esquerdo e acabou do direito, sempre com Gaitán. Tal como os companheiros, subiu de rendimento na segunda parte, mas sempre com o peso e medida necessários às ambições encarnadas. Cruzamentos bem desenhados, determinação no passe e ideias frescas quando a equipa mais precisou.

Javi García e Fábio Coentrão

Clara subida de rendimento na segunda parte, com ambos a arriscarem nas decisões a tomar e que a desvantagem no marcador assim obrigava. O médio espanhol acabou por sofrer as consequências de um jogo mais físico, ficando de fora da segunda mão por acumulação de amarelos.

Martin Harnik

Se o Estugarda teria motivos para estar assustado com as exibições do Benfica, como Jorge Jesus reconheceu na véspera, Martin Harnik não esteve nem aí para a liga portuguesa. O jovem avançado, nascido na Alemanha, brilhou na primeira parte, também por culpa da apatia encarnada, e só não fez melhor na segunda, porque o Benfica já sabia o que o esperava. O golo inaugural, um grande chapéu a Roberto, aos 21 minutos, foi a conclusão de uma jogada igualmente excelente de Harnik, a desembaraçar-se primeiro de Coentrão e depois dos centrais da casa. Antes, aos três minutos, já tinha acertado no ferro.

Tamás Hajnal

Muito do bom que o Estugarda fez no primeiro tempo passou pelos pés deste médio húngaro. Foi Hajnal quem conduziu os alemães enquanto esteve em cena e a equipa acabaria por ressentir-se com a sua saída. O passe (muito bom) para o golo de Harnik foi uma amostra.

Sven Ulreich

Adiou o empate o mais que pôde, cedeu dois golos nos 20 minutos finais, mas soube fazer sofrer os encarnados até fim. No segundo tempo, sobretudo, fez quatro excelentes defesas no espaço de nove (!) minutos, primeiro a remate de Coentrão, depois a duas investidas de Aimar e uma quarta de Gaitán. Já sobre o apito, garantiu a diferença mínima no marcador, após remates de Felipe Menezes e Javi García, com mais duas boas defesas.