O MOMENTO

Golo mal anulado a Carlos Eduardo

O FC Porto dominava, trocava melhor a bola, queria incomodar a defesa napolitana. Não é que o golo estivesse iminente, mas o momento era claramente do conjunto portista. Defour faz grande remate, Jackson tenta a recarga, não consegue, mas serve Carlos Eduardo que, de cabeça, isolado, faz o golo. O árbitro chega a hesitar, mas anula, considerando fora-de-jogo. Má decisão: o médio brasileiro, que se estrearia a marcar em competições europeias se esse lance fosse validado, estava em posição legal. O FC Porto estava em boa fase no jogo e viu impedida a possibilidade de fazer o 1-0.


POSITIVO

Jackson
: Na primeira parte, deu sinais de querer aparecer, embora tenha desperdiçado um lance não muito comum no seu jeito de matador. Mas o colombiano regressou finalmente aos grandes momentos e assinou um golo de grande classe, inventando espaço na área, na forma como foi buscar uma bola de difícil execução, desferindo o 1-0. Mesmo na hora certa.

Carlos Eduardo: O FC Porto precisa urgentemente de uma nova referência a meio-campo e o brasileiro ainda não perdeu as esperanças de conseguir afirmar-se como tal. Fez um jogo de nível elevado, não só com o tal golo mal anulado aos 21 (e que certamente ditaria outro rumo ao evoluir do encontro), mas com outros remates de perigo e várias combinações bem desenhadas com Jackson, Quaresma e companhia.

Defour: O médio belga foi titular pela segunda vez no segundo jogo de Luís Castro como treinador do FC Porto. O sucessor de Paulo Fonseca parece confiar na qualidade do internacional da Bélgica e Defour com uma boa exibição, pontuada por momentos de brilho, como o tirado aos 21 que iniciaria o lance do golo anulado a Carlos Eduardo, e acima de tudo por muitos passes bem conseguidos. Um misto de esforço e qualidade, embora com ligeiro abaixamento no segundo tempo. Mas ainda em processo de afirmação no onze. De novo.

Callejón: O extremo espanhol pôs Alex Sandro de cabeça andar à roda. Arrancadas rápidas pelo flanco direito do ataque napolitano, bons entendimentos com Reveillere, lateral especialmente ofensivo. Helton evitou danos maiores potencialmente causados por Callejón.

Os guarda-redes: Dois enormes em cada baliza. Helton decisivo no «zero» do marcador napolitano, assinou algumas defesas de dificuldade elevada e teve felicidade a agarrar aquele lance esquisito, no minuto anterior ao golo portista, em que Callejón deixa a bola escapar. Mas no outro extremo estava Reina, que travou os remates de Defour, Quaresma, Varela e Carlos Eduardo. Só não conseguiu mesmo impedir que aquele tiraço de Jackson

NEGATIVO

Laterais do FC Porto
: Definitivamente, Danilo e Alex Sandro passam por momento de sombra, talvez pela excessiva de utilização numa época em que os dragões não têm alternativas para essas duas funções. No caso de Alex Sandro, nem a ausência do encontro com o Arouca, por castigo, lhe valeu para recuperar forças: em duelos com Callejón, acusou défice físico. Danilo, razoável a defender, apareceu pouco nas ações ofensivas.

O árbitro:
É inevitável referi-lo. O checo Pavel Kravolec teve influência no desenrolar da partida, ao anular erradamente um golo ao FC Porto aos 21 minutos. Mas não foi só: o apito para o intervalo foi dado em momento em que Quaresma acelerava para um lance que tinha tudo para ser perigoso (situações que, não sendo virgens, podem sempre ser evitadas). Já no segundo tempo, muito duvidoso o lance em que Higuain se prepara para se isolar, aos 68 (o argentino parecia estar em fora-de-jogo), obrigado Helton a saída arriscada.