Em visita ao País Basco com uma vantagem de dois golos na bagagem, a Roma sentiu-se como «peixe dentro de água »na casa da Real Sociedad e empatou a zero na segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa, carimbando o apuramento para os quartos da prova.

Num jogo duro, nem sempre bem disputado e só abrilhantado pelo recorte técnico dos mais talentosos, (David Silva, Brais Méndez, Dybala ou Pellegrini) existiram vários duelos físicos e escassas ocasiões de golo. Uma autêntica batalha!

Prova disso é que a Roma não teve qualquer remate enquadrado com a baliza e, no total, até só somou três (!) tentativas. Uma delas, a mais perigosa de todas, aconteceu logo em cima do quarto de hora, quando Paulo Dybala atirou ao poste, após um remate de fora da área que desviou em Sorloth.

A fechar a primeira parte, a equipa de Mourinho até marcou, por Chris Smalling, na sequência de um pontapé de canto, mas o golo do defesa inglês foi invalidado por mão na bola, com recurso ao VAR.

Na hora da recolha aos balneários, registavam-se já 16 faltas, sendo que 11 delas pertenciam à turma de Imanol Alguacil. A agressividade foi de tal forma que Karsdorp, até foi substituído aos 42 minutos, agarrado a uma tolha ensanguentada, após um choque com Diego Rico.

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Obrigada a ter de dar a volta ao 2-0 sofrido no Olímpico, a formação de San Sebastián carregou nos primeiros minutos da segunda parte, mas teve pela frente uma aula defensiva da Roma, a fazer lembrar os velhos tempos de Mourinho. Jogou-se praticamente apenas num dos lados do campo, mas os giallorossi taparam quase todos os caminhos para a baliza de Rui Patrício, novamente titular.

O guardião português só sofreu um susto aos 69 minutos, quando defendeu o primeiro remate de Oyarzabal e viu a recarga do atacante espanhol a esbarrar na trave.

Depois disso, Mourinho promoveu a entrada de jogadores frescos para a frente de ataque e a Roma ganhou outra estabilidade, juntou ainda mais as suas linhas (por vezes com seis ou sete elementos na mais recuada) e retirou os espaços à Real Sociedad, que se deparou com um claro sinal de impotência.

Já em tempo de compensação, Carlos Fernández foi expulso por acumulação de amarelos, após um desentendimento com Smalling.